11 março, 2014

MAURITI: CE Operários paralisam transposição do Rio São Francisco em Mauriti, no CE

Cerca de 500 operários estão parados por melhores condições de trabalho.
Obra, orçada em R$ 8 milhões, deve ser concluída no fim de 2015.




Cerca de 500 operários que trabalham na obra de transposição do Rio São Francisco, decidiram entrar em greve nesta segunda-feira (10). O trecho onde as obras foram paralisadas  fica no distrito de Umburanas, município de Mauriti, na divisa entre Ceará e Paraíba. Eles dizem que estão sem receber salários e também reclamam das condições de trabalho.Com investimento de R$ 8 bilhões, as obras de transposição do Rio São Francisco tiveram início em 2007 e sofrem a terceira greve.
Com a paralisação, a construção de abertura de um canal que liga os estados do Ceará e Paraíba. São 43 quilômetros que devem estar concluídos no segundo semestre de 2015. Entre as reivindicações dos operários, estão pagamento dos salários em dia, melhores condições de trabalho e segurança, além de assistência médica.
Essa é a terceira vez  que as obras do lote seis, em Mauriti, são paralisadas. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, metade da obra já foi concluída e deve ser inaugurada, em sua totalidade, no final de 2015. “Nós já procuramos o Ministério Público do Trabalho (MPT) para que ele faça a mediação do conflito, mas não tivemos sucesso. A paralisação vai continuar até que os problemas sejam resolvidos”, diz Francisco Evandro Pinheiro, representante do sindicado dos operários.
Em nota, a assessoria de imprensa da Construtora Queiroz Galvão, responsável pela obra, informou que a empresa não vai se pronunciar sobre o assunto. Já o Ministério da Integração Nacional disse que monitora a paralisação e que uma audiência está marcada para a quarta-feira (12), entre a construtora e o sindicato dos trabalhadores para que todas as divergências sejam sanadas e as atividades sejam retomadas.
Transposição do Rio São Francisco
O eixo norte da Transposição, que vai trazer água ao Ceará, está com 22% concluído, enquanto o eixo leste, que vai irrigar Rio Grande do Norte, está em 80%, segundo o Ministério da Integração. Pelo cronograma original da obra, cidades do interior do Ceará já deveriam estar recebendo água do São Francisco. A previsão para concluir as obras da transposição do rio São Francisco está mantida para o final de 2015

A transposição das águas do São Francisco desvia o curso de água do rio em Pernambuco para a Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. De acordo com o governo federal, 12 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com o abastecimento de água com a conclusão da obra. A transposição começou em 2007, avaliada em R$ 7 bilhões. Atualmente trabalham 8.700 homens na obra. De acordo com o Ministério da Integração, houve diferenças entre os contratos e a "realidade da obra" que levaram ao corte de gastos.

Moradores do bairro Bulandeira na cidade de Barbalha abandonam casas alagadas pela chuva.



Os alagamentos no Parque Bulandeira, em Barbalha, parecem ter virado rotina na comunidade. De acordo com a população, as residências são constantemente invadidas pela água, causando perdas de móveis, alimentos e até queda de muros. Os moradores afirmam que os mais afetados precisaram adaptar as suas casas ou abandoná-las para evitar maiores transtornos.

O pedreiro Raimundo Costa está entre os atingidos pela constante invasão da água. Ele afirma que há seis anos sua família enfrenta a problemática e que já chegou a perder toda a mobília e alimento. “Perdemos tudo. Nunca tínhamos visto isso aqui. Somente da nossa rua dois vizinhos abandonaram suas residência, por terem perdido todos os eletrodomésticos. Em outras ruas, várias casas estão fechadas porque ninguém quer se arriscar morando nelas”, conta.
A dona de casa Socorro Barros afirma que a situação foi provocada após a realização de um calçamento, que deixou as casas mais baixas em relação à obra. “A água não descia antes do calçamento. Eles inventaram de fazer isso durante as madrugadas, sem o consentimento da população, e depois ficou acontecendo esse problema”, explica.

A moradora Luciana de Freitas relata que, para amenizar a situação, a população, por conta própria, construiu uma vala simultânea à obra, com a finalidade de impedir que a água da chuva avance nas casas. “Essa foi uma decisão paliativa, já que a Prefeitura nunca compareceu para solucionar o caso, mesmo chamada várias vezes por nós”, diz.

O secretário de Obras do Município, Roberto Grangeiro, informa que há um projeto de drenagem para a comunidade. De acordo com ele, a Prefeitura está buscando recurso para realizar a obra. “Os moradores fizeram suas casas de todo jeito na localidade e agora culpam a Prefeitura pelos desastres. Agora, o município está buscando recurso para fazer uma obra de drenagem, que poderá solucionar o caos”, finaliza.

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