12 setembro, 2015

Capas e manchetes das principais revistas semanais do Brasil

Revista Época

Destaques:

Cerveró diz ao MP que contrato em Pasadena rendeu propina à campanha de Lula

O ex-diretor da Petrobras revela, em proposta de delação premiada, como negociou pedágio de R$ 4 milhões com a Odebrecht para a campanha de Lula em 2006

EXCLUSIVO: Lula é suspeito de ter se beneficiado do petrolão, diz PF

Em razão das suspeitas, polícia pediu ao STF autorização para tomar depoimento do ex-presidente

Advogados de Odebrecht acreditam que ele não deve sair da cadeia antes do Natal

Pelo andar dos habeas corpus em seu favor, defensores acham que empreiteiro pode ficar preso até fevereiro

Antonio Delfim Netto: “A Dilma tem de montar seu governo de novo”

O ex-ministro da Fazenda diz que o rebaixamento da nota do Brasil mostra que o ministro Joaquim Levy estava certo – e que a presidente tem de deixá-lo trabalhar.
Revista Veja

Destaques:

Risco país do Brasil dispara e retorna a níveis de 2009

Depois de o Brasil perder o grau de investimento, indicador ficou em 400 pontos nesta sexta, o que não ocorria desde a crise hipotecária americana

Governo já cortou quase 800 mil famílias do Bolsa-Família

Junto com os sem-casa e os sem-Pronatec, excluídos do principal programa social do governo formam um novo contingente de desvalidos: o daqueles de quem o Estado, silenciosamente, começou a tirar o que deu

PF pede ao Supremo para ouvir Lula, suspeito de ter se beneficiado do petrolão

Pedido está amparado em depoimentos do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco

Revista Isto É:

Destaques:

 O amargo preço das mentiras de Dilma

Rebaixamento do País intensifica pressão pelo afastamento da presidente da República. Diante da catástrofe econômica e da falta de perspectiva, o que a maioria dos brasileiros se pergunta hoje é: o que Dilma ainda faz no poder?

A sombra do rebaixamento

Para agência de risco, o Brasil agora é um potencial caloteiro. Com a redução da nota de crédito, os investimentos vão cair, as empresas pagarão mais caro para fazer empréstimos e o desemprego tende a aumentar

Petrolão chegou em Lula

PF pede para que o ex-presidente deponha por suspeita de favorecimento no escândalo da Petrobras

A maldição da Casa Civil

Fragilizado no governo por conta dos embates internos e na iminência de ser investigado, Aloizio Mercadante balança no cargo que virou sinônimo de mau agouro na era petista

Jantar do divórcio

No Palácio do Jaburu, o vice-presidente recebeu governadores e líderes do PMDB para sinalizar que o maior partido da base aliada do governo nunca esteve tão afastado da presidente Dilma Rousseff como agora

Refugiados: enfim, a Europa se curva

No auge da crise migratória, o continente aceita receber mais estrangeiros. O desafio agora é como integrá-los à sociedade

Revista Carta Capital

Destaques:

Prestes a ser pego, ocultador de capital no exterior pediu anistia

Quando acordos globais dificultam esconder dinheiro, Fazenda e Senado acertam lei de regularização; por obra de Cunha, Câmara terá palavra final

Alberto Fraga: da bancada da bala ao banco dos réus

Deputado do DEM vai responder no STF pela suspeita de exigir vantagens para assinar contrato quando era secretário de Transportes do Distrito Federal

Os bancos preparam a próxima crise global

Como a aristocracia financeira recuperou poderes e regalias que levaram ao terremoto de 2008

O Brasil perdeu o grau de investimento. O que isso significa?

Agências como a Standard & Poor’s seguem muito relevantes, e nota ruim complica o País e o governo Dilma

Orçamento de 2016 prevê déficit de R$ 30,5 bi

O rombo equivale a 0,5% do PIB e ocorre após o governo desistir de novo tributo para a Saúde, em moldes semelhantes à extinta CPMF

Ecos da “República das Alagoas”

Os negócios suspeitos de Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro de Collor.






Aliados querem usar reforma para tirar Mercadante

Diante do agravamento do quadro econômico e político, a presidente Dilma Rousseff está sendo pressionada pelo PMDB e pelo PT a aproveitar a reforma administrativa para substituir o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, considerado “desagregador” no trato com o Congresso Nacional. Pelo menos desde julho, Dilma avalia a possibilidade de mexer no núcleo do governo, mas, oficialmente, o Palácio do Planalto nega a informação.

“Mercadante é um ministro que detém todo o respeito da presidente Dilma. Ele é fundamental na articulação dos principais projetos e colabora na construção da governabilidade junto com o vice-presidente Michel Temer e com o ministro Eliseu Padilha”, disse ao Estado o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva. “É uma figura central para a construção das condições de retomada do crescimento”, afirmou Edinho.

Temer e Padilha já se desentenderam várias vezes com Mercadante. O vice-presidente, que comanda o PMDB, deixou o “varejo” da articulação política do Palácio do Planalto, no mês passado, aborrecido com o petista. Padilha, que é titular da Aviação Civil, ainda despacha na Secretaria de Relações Institucionais, mas já anunciou que também não ficará na função.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a amigos, nos últimos dias, que perdeu a conta de quantas vezes sugeriu a Dilma a substituição de Mercadante pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, também do PT. Até agora, a presidente resistiu à ideia e pediu à Secretaria de Comunicação Social que desmentisse “com veemência” os rumores sobre a saída do ministro.

Apesar das negativas, petistas avaliam nos bastidores que Dilma terá de trocar Mercadante para que a crise política diminua. Não são de hoje, também, as críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao chefe da Casa Civil.

A presidente, até agora, tem resistido a rifar o “capitão do time”. Recentemente, um importante parlamentar do PT disse a ela que os principais problemas do governo residem na Casa Civil. A queixa é de que Mercadante centraliza as decisões, é teimoso e não tem jogo de cintura política. Temer e ele se desentenderam, no mês passado, por causa de uma indicação para uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal.

Desenho

No PT, muitos aconselham Dilma a transformar o titular da Casa Civil em uma espécie de “primeiro-ministro”. Tudo depende, porém de como ficará o desenho da reforma administrativa, que deve extinguir dez dos 39 ministérios, e se o perfil da Casa Civil, a partir de agora, será mais técnico ou mais político.

Além de Wagner, um dos nomes lembrados para ocupar a Casa Civil e mesmo para a Secretaria de Relações Institucionais é o do ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PC do B). Ex-presidente da Câmara, Aldo foi chefe da Secretaria de Relações Institucionais no primeiro mandato de Lula e tem bom relacionamento com o PMDB.

Levy

Os desentendimentos com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também põem em risco a permanência de Mercadante na Casa Civil. Os dois bateram de frente durante as discussões sobre o Orçamento de 2016. Levy era contra o envio da peça orçamentária ao Congresso com um rombo de R$ 30,5 bilhões.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) tratou a saída de Mercadante da Casa Civil como mais um balão do ensaio ocasionado por disputa interna no governo. “Agora é assim: todo fim da semana tem uma fumaça. Se Dilma quer fazer mudanças, que faça de uma vez. O mesmo aconteceu em relação à CPMF. O tema saiu no jornal e depois o governo negou.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: Estadão Conteúdo Com cncariri.com.br e  informações.


Levy não contou a Dilma sobre rebaixamento

O anúncio de cortes e de medidas de recuperação de receitas se tornou mais urgente devido ao rebaixamento do Brasil e à perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P). Na última quarta-feira, dia do anúncio da S&P, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi avisado à tarde de que a agência rebaixaria o país. Porém, ele só comunicou Dilma três horas depois.
Levy temia que a informação vazasse antes de o mercado fechar. Também queria tempo para preparar o discurso do governo. A ação de Levy foi reprovada por interlocutores do Planalto, pois deixou Dilma e o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva, “vendidos” quando a imprensa passou a repercutir o rebaixamento.
No Congresso, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), peregrina pelos gabinetes dos demais deputados para convencê-los a ressuscitar o imposto. Ele conta com a ajuda dos prefeitos para pressionar a Câmara. O petista disse a aliados que tem recebido representantes de municípios com pedidos para que o governo apresente a proposta, com parcela maior destinada aos entes federativos. O esboço inicial fixava a alíquota em 0,38% e destinava 0,01 ponto percentual a municípios e 0,02 a estados. Guimarães disse a prefeitos que o governo está disposto a alterar essa divisão.
No Senado, o líder do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que a maior preocupação do governo é escolher tributos que não tenham impacto expressivo sobre a inflação. Ele admitiu a volta da CPMF:
— Tem muita gente que não pode nem ouvir falar em CPMF, mas tem outro tanto apaixonada pela ideia — afirmou Delcídio.
Com informações site: cncariri.com.br e  O Globo


09 setembro, 2015

Salviano reúne correligionários e funcionários para dizer que vai se filiar ao PSDB

O ex-deputado federal Manoel Salviano reúne nesta quarta-feira (9), às 19 horas, em Juazeiro do Norte, seu grupo político, correligionários e funcionários de suas empresas para comunicar sua filiação ao PSDB e, consequentemente, colocar seu nome como pré-candidato a prefeito de Juazeiro do Norte, em 2016.
Salviano está obstinado a voltar à Prefeitura de Juazeiro do Norte, e quer encerrar sua carreira política com mais um mandato.


MPCE manda alterar o nome da Escola Profissionalizante de Missão velha

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por intermédio do titular da Promotoria de Missão Velha, promotor de Justiça Nivaldo Magalhães Martins, expediu uma recomendação ao prefeito e ao presidente da Câmara Municipal de Missão Velha. O documento, assinado na última terça-feira (8), orienta a revogação da lei municipal número 313/2015 de 26 de agosto de 2015, que atribui a uma escola profissionalizante nome de pessoa viva.

A unidade educacional está sendo construída na entrada leste da cidade, e, de acordo com a lei citada, será denominada Escola Profissionalizante Prefeito Tardiny Pinheiro Roberto. Acontece que Tardiny Pinheiro é o atual prefeito do município de Missão Velha e a denominação de bens públicos com nome de pessoas vivas viola os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, previstos no artigo 37 da Constituição Federal. Além disso, constitui publicidade ao homenageado.

Caso a recomendação não seja cumprida no prazo de 30 dias, o MPCE ingressará com uma ação por ato de improbidade administrativa e uma ação civil pública para declarar a inconstitucionalidade da lei e sua nulidade. Além disso, vai requerer que Município seja condenado a alterar o nome da escola profissionalizante de modo a preservar a impessoalidade e a moralidade administrativa.      Conteúdo cncariri.com.br e (MPCE)


Após pressão do PMDB, Temer recua de apoio ao aumento da Cide

A repulsa do Congresso a qualquer tipo de aumento de imposto obrigou o vice-presidente Michel Temer a voltar atrás na ideia de apoiar o aumento da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide). As reclamações surgiram de todas as partes, do baixo clero à cúpula do PMDB e foram  ainda mais incisas durante jantar, na noite dessa terça-feira, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República.
As pressões partiram dos líderes do PMDB na Câmara e no Senado, embora os governadores do PMDB tenham feito apelos para medidas que garantam aumento da arrecadação de  impostos.  O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), contou ao Estado que ligou para Temer no meio da tarde para fazê-lo mudar de opinião. “Com argumentos técnicos, defendi que o aumento da Cide não era bom”, disse.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), também criticou a ideia. “Continuo achando que primeiro é preciso cortar despesas, reduzir ministérios, extinguir cargos em comissão. Esse é o dever de casa. Em seguida, se discute o que se vai fazer com o déficit fiscal”, afirmou.
Temer teve de se explicar, inclusive, a um pequeno grupo de deputados do chamado baixo clero. O telefonema foi presenciado por cinco parlamentares que acompanhavam o vice-líder do PMDB na Câmara, Carlos Marun (MS). Grande parte da bancada está irritada também com o líder Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que chegou a defender volta da CPMF.
Foi no começo da tarde que vazou a informação de que Temer apoiaria o aumento da Cide. O vice tinha a intenção de defender a proposta no jantar promovido nesta noite por ele entre as lideranças do PMDB no Congresso e os sete governadores do partido. “Nenhum governador aguenta mais administrar crise. Querem uma saída”, disse um auxiliar próximo a Temer.
Acostumado a lidar com assuntos econômicos no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) rebateu a tese dos governadores: “A pressão é por mais recursos para pagar o custeio. A Cide não serve para essa finalidade, não vai salvar os governadores. Mas vamos aguardar para ver os números que serão apresentados”.
Ao deixar o Palácio do Planalto para ir ao jantar com os governadores, Temer resolveu dar uma entrevista coletiva para desfazer a celeuma.  “As pessoas não querem em geral aumento de tributo. Tenho sustentado exatamente o corte de despesas”, disse Temer. “Aumento de impostos só em última hipótese; última hipótese descartável desde já”, completou.
Temer rebateu a fala da presidente Dilma Rousseff, feita na segunda pelas redes sociais, de que seriam necessários remédios amargos para combater a crise, e classificou o reajuste de tributos como um exemplo. “Temos que evitar remédios amargos e, se for possível simplesmente cortar despesas, a tendência é essa”, disse Temer.
O aumento da Cide tem sido aventado pela equipe econômica desde o começo do ano. Há duas semanas, o assunto chegou a ser tratado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com Renan e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). “Naquele encontro, Levy também falou da CPMF, mas ficamos contra”, disse Eunício.
Temer resolveu encampar o aumento da Cide incentivado pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). O vice-presidente se disse “impressionado” com a conversa que teve com o ex-ministro Delfim Netto de que o reajuste do tributo seria uma “alternativa menos danosa” – os dois almoçaram juntos na sexta-feira passada.
Com a defesa da Cide ao lado dos governadores, Temer também tinha a intenção de se reposicionar no tabuleiro político em Brasília. Após deixar o comando da articulação política há duas semanas, Temer tentar ocupar espaços para não mais perder poder e se colocar como opção para comandar o país num caso de deterioração do governo Dilma.
Na quinta-feira passada, ao participar de um evento com empresários, Temer chegou a declarar que Dilma não termina seu mandato caso ela continue bem avaliada apenas por 7% da população brasileira. No fim de semana, chegou a admitir que foi boicotado como articulador político. Depois, por meio de nota, negou “conspirar” contra Dilma.
conteúdo cncariri.com.br e o estadão.


Plano fracassa e Congresso busca novo prazo para acabar com lixões

Uma das formas de medir o atraso de um país é olhando para o seu lixo. O Brasil, que falhou no plano de erradicar os lixões, continua aumentando ano a ano a sua produção de resíduos.

Para piorar, a atual crise econômica e o inédito déficit de mais de R$ 30 bilhões nas contas do governo federal em 2016 prometem agravar ainda mais o cenário: além de empurrar mais pessoas para o degradante trabalho nos lixões, haverá menos recursos para enfrentar a questão.

“Sei que muita gente não tem coragem de encarar pela nojeira que é, mas não tive outra opção”, conta Edson Sousa Silva, 31, recém-chegado ao lixão de Peruíbe (no litoral sul de São Paulo).

Sem trabalho na construção civil, onde atuava, Edson começou a catar materiais recicláveis há dois meses. Nesse período, ganhou R$ 2.000.

Ele trabalha à noite, cavucando lixos domésticos com uma lanterna presa à cabeça e sem nenhuma proteção nas mãos –”a luva atrapalha e deixa o trabalho mais lento”.

O lixão de Peruíbe é exemplo do fracasso do país ao lidar com seus resíduos. A reportagem do jornal Folha de São Paulo visitou o local em três noites diferentes no último mês.

Na Cetesb (companhia ambiental do governo paulista), a área é classificada como aterro sanitário de médio porte, que opera com uma licença provisória. Uma nova avaliação será feita em dezembro.

Na prática, contudo, o local funciona como um lixão: embora cercado, tem resíduos a céu aberto e dezenas de catadores –inclusive crianças, também equipadas com botas e lanternas na cabeça para enfrentar as montanhas de lixo. Todos trabalham quando chega a noite, único horário permitido para a entrada deles na área.

A 500 metros há um riacho, alvo potencial do resíduo formado com a decomposição do lixo e que penetra o solo até o lençol freático.

A maioria reside no bairro vizinho, uma ocupação que cresceu às margens da rodovia. “Prefiro viver aqui do que na cadeia”, afirma o catador José Carlos Sena, 39, há nove anos no lixão de Peruíbe. Ele mora na ocupação, numa pequena casa erguida com materiais recicláveis. Até comida ele diz que já reaproveitou.

Engenheiro ambiental da Cetesb em Santos, responsável pela área de Peruíbe, César Valente afirma que a “persistência dos lixões indica um desequilíbrio”. “Se tem catador operando, não dá para chamá-lo de aterro sanitário.”

O Ministério do Meio Ambiente estima em 3.000 os lixões ativos no Brasil, destino de quase metade do lixo produzido. São cerca de 800 mil catadores em todo o país.

AMBIÇÃO E FRACASSO

Reflexo da euforia dos anos Lula (2003-2010), o Congresso aprovou em 2010 um Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Entre outras medidas, a legislação fixou até data para o fim dos lixões: agosto de 2014. O Brasil passou muito longe da meta.

“Talvez nem em 50 anos conseguiremos acabar com os lixões”, afirma Albino Rodrigues Alvarez, pesquisador do Ipea (Instituto de Polícia Econômica Aplicada) responsável por um estudo sobre o tema. “O plano era muito ambicioso. O lixo é um desafio civilizacional e está diretamente ligado à educação.”

Exemplo da complexidade é o caso de Brasília, cidade que tem a maior renda per capta do Brasil e onde está o Lixão da Estrutural, o maior da América Latina.

Apesar do fracasso, um novo projeto de lei, em trâmite no Congresso (aprovado no Senado e aguardando votação na Câmara), prevê ampliar o prazo para erradicar os lixões –para as pequenas cidades, o limite seria em 2021.

“Se não conseguimos acabar com eles nos últimos cinco anos, conseguiremos nos próximos cinco?”, questiona Ariovaldo Caodaglio, presidente do Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo). Segundo ele, para lidar com os resíduos, os municípios dependem de verba federal, cada vez mais comprometida pelo arrocho fiscal.

Para alguns, mais do que opção à crise, o trabalho virou exemplo familiar. Após anos como catador, Aparecido Bonifácio, 65, se aposentou, mas continua retornando ao lixão de Peruíbe quase todas as noites. Agora, vai ao local para acompanhar a mulher e a filha, que continuam tirando dali o sustento.

Conteúdo cncariri.com.br e da Folha de São Paulo.


PT de Barbalha realiza eleição com filiados, mas 59,6% não comparecem devido à inadimplência

Na eleição municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) realizada hoje, 7 de julho de 2025, na Câmara Municipal de Barbalha, das 8h às 17h, a...