14 maio, 2020

Dez bairros de Fortaleza com mais mortes por Covid-19 estão na periferia

Na Barra do Ceará, o número de mortes aumentou em mais de sete vezes em menos de um mês, indo de seis para 45; avanço dos óbitos nas áreas pobres escancara abismo socioeconômico em Fortaleza
A Covid-19 pode até não escolher raça, gênero nem classe social, como muitos dizem, mas as mortes pela doença, pelo menos em Fortaleza, têm tido alvo certo: as áreas pobres da cidade. Seja pela impossibilidade de isolamento em moradias precárias, seja pela falta de acesso à saúde pública, o número de casos confirmados e de mortes rapidamente migrou da zona rica às mais vulneráveis. Hoje, dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) escancaram o abismo socioeconômico: dos dez bairros com mais mortes pela doença pandêmica, todos estão na periferia.
O novo coronavírus entrou pelas portas do Meireles e da Aldeota, na Regional II, que no primeiro boletim divulgado pela SMS, em 15 de abril, tinham 179 e 139 confirmações da doença, e eram seguidos por Cocó (65), Fátima (42) e Dionísio Torres (39), também considerados de alto padrão. Na lista dos dez mais infectados, à época, todos estavam entre os maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de Fortaleza.
As mortes, contudo, já indicavam um caminho inverso. Apesar de, no referido boletim, contar com "apenas" 21 casos confirmados de Covid-19, a Barra do Ceará já ocupava a segunda posição em número de óbitos (6), atrás apenas do Meireles (7). Entre os dez maiores registros, estavam ainda Fátima (5), Aldeota, Cristo Redentor, Vicente Pinzón, José Walter e Jangurussu, cada um com quatro perdas confirmadas.
O relatório mais recente de casos e óbitos pelo novo coronavírus em Fortaleza foi divulgado nessa quarta-feira (13) pela SMS, e consolidou a conclusão infeliz de que a pandemia se somou aos já incontáveis castigos vivenciados pela pobreza na Capital. Apesar de não detalhar o número de confirmações por bairros, o boletim mostrou um crescimento exponencial dos óbitos em locais vulneráveis: a Barra do Ceará, por exemplo, aumentou em 7,5 vezes o número de mortes em menos de um mês, passando de seis para 45.
O segundo bairro com mais óbitos é o Vicente Pinzón (35), que apesar de ser vizinho de Meireles, Aldeota e Varjota, amarga um dos piores IDHs da Cidade. A lista dos dez pontos com maiores números de mortes por Covid-19 segue com Cristo Redentor (31), Cais do Porto (25), Vila Velha, Carlito Pamplona, Granja Lisboa (22 cada), Quintino Cunha, Planalto Ayrton Sena e José Walter (20 cada). Meireles, a título de comparação, tem 19 mortes, igualado a Mondubim e São João do Tauape. Já a Aldeota tem 18, junto com o Álvaro Weyne.
Isolamento
Quem vivencia os possíveis fatores para essa invasão do novo coronavírus à periferia é a líder comunitária Angela Maria de Sousa, de 67 anos, moradora da comunidade Raízes da Praia, no Vicente Pinzón. Ela relata que agente de saúde e água potável "só agora, depois da ação da Defensoria (Pública do Estado)". Além disso, afirma que "é impossível se isolar". "Estamos naquela pressão, uns com medo dos outros. Já perdemos duas pessoas, e tem mais doentes. Tem um senhor que mora com mais seis na mesma casa, só um vão com um banheiro. O pessoal é carente, não tem estrutura, os barracos são tudo de tábua, poucos de tijolo", descreve Angela.
O déficit habitacional e a ausência de ações de assistência social são decisivos para o avanço da pandemia, avalia Mariana Lobo, supervisora do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da Defensoria. "Uma necessidade grave é garantir o isolamento não só preventivo, mas após o diagnóstico da pessoa. Quando o posto de saúde vê que não é caso de internação, esquece de que muitos não têm condições de cumprir a quarentena" pontua.
O infectologista Robério Leite aponta que "o sistema de saúde já está com menos capacidade de dar resposta, e isso pode explicar o aumento de óbitos na periferia, que tem pouco acesso à saúde. Isso era inevitável, reflete a sociedade que nós criamos". Ele menciona ainda a falta de saneamento.
"Temos uma doença que transmite por gotículas, superfícies, mãos. Com pouca higienização, a taxa de contaminação tende a ser maior nesses locais".
Além da atenção em saúde, a defensora pública Mariana Lobo define as assistências social e econômica como cruciais. "Temos uma precariedade tanto no saneamento básico como na política habitacional, por exemplo. É preciso que a assistência social atue na ponta, esteja nessas comunidades para identificar os problemas, orientar, diagnosticar os locais mais vulneráveis e quem são os grupos de risco, para que exista uma retaguarda diante da Covid-19", analisa.
Em debate online organizado pela Defensoria, na última segunda-feira (11), o gerente da Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, Antônio Lima, destacou como "raridade" o fato de uma doença altamente transmissível atingir primeiro a área nobre e depois migrar à periferia. "Nossa questão social é histórica. Em comunidades de baixo poder aquisitivo, habitações precárias, muitos habitantes por domicílio, casas sem janela, sem acesso à água potável, o isolamento se torna muito mais complexo do que em áreas nobres da cidade, em que se pode estar em casa com internet, alimentos providenciados, e não precisa estar preocupado com a sua sobrevivência", listou.
Ações
Ao mencionar o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal, Antônio também alertou para a necessidade de fortalecer a rede de proteção social e de executar o lockdown.

"As epidemias têm essa capacidade de revelar e potencializar as nossas desigualdades sociais e econômicas. E estamos vendo isso agora em Fortaleza e no interior, uma velocidade de propagação muito elevadas em áreas de densidade demográfica muito alta. Sobretudo no Pirambu, Cais do Porto, Serviluz, e descendo pra áreas mais vulneráveis. É uma pressão grande no sistema, reforçando a necessidade de isolamento social rígido".

Questionada sobre as ações desenvolvidas na periferia de Fortaleza para combate e prevenção ao novo coronavírus, a SMS informou que, dentre outras ações, a Prefeitura mantém as visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde prioritariamente aos pacientes que são do grupo de risco (acamados, gestantes, puérpera até 45 dias pós-parto, idosos e pessoas com comorbidades). Esses profissionais, relata a pasta, fizeram mais de 1.300 visitas durante o período de isolamento social e identificaram 201 casos suspeitos.

Outra medida é a circulação de caminhões pulverizadores iniciada no dia 20 de abril, que jorram uma cortina de solução bactericida por cerca de 10 metros por onde passa. Até o momento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o veículo e as equipes já percorreram vias em todas as regionais, em mais de 80 bairros e suas adjacências. Dentre eles, estão oito dos 10 bairros que mais registram mortes. A exceção são Cais do Porto e Vila Velha.

A SMS destacou, ainda, a distribuição de cestas básicas, na primeira etapa, destinadas a alguns profissionais autônomos e a beneficiários do Bolsa Família. Mas, segundo a pasta, até quarta-feira (13), apenas 40% do público contemplado foi alcançado pela busca telefônica realizada pela Prefeitura. Outra ação voltada à periferia é a disponibilização de renda auxiliar para feirantes, autônomos e ambulantes cadastrados junto à Prefeitura. O benefício é de 100 reais mensais.





D/N

Depois que morreu com suspeita de COVID-19, família aciona a polícia após ouvirem ‘choro’ em cemitério

Uma mulher que deu a luz a gêmeos morreu na terça-feira (12) na maternidade Frei Damião, em João Pessoa, com suspeita de coronavírus, após realizar o parto na Maternidade Cândida Vargas e ser transferida. No mesmo dia ela foi sepultada na cidade de Caaporã onde morava, com determinações expressas da Secretaria de Saúde do Estado e municípios, tendo em vista o perigo de contágio.

Relatos nas redes sociais apontam que parentes acreditam que ela foi enterrada viva, pois ouviram o choro da mulher ao visitar o cemitério na manhã de quarta-feira (13) e acionaram a polícia para desenterrar o corpo.

O delegado Francisco Basílio que atende as ocorrências no Litoral Sul, confirmou que foi procurado por um familiar que relatou o fato, informando que a família acredita que a jovem mãe teria sido enterrada com vida, apontando que a mãe dela ouviu o choro quando foi ao cemitério na manhã seguinte ao sepultamento. Foi solicitada a certidão de óbito ao parente, mas ele não estava com o documento no momento e disse que iria buscar e voltaria para registrar a ocorrência, fato que não aconteceu até o momento.

Há informações que a família teria desenterrado o corpo com apoio da Polícia Militar em cumprimento a uma ordem judicial, mas, o delegado afirmou que não existiu essa ação de forma oficial.

“Não teve ordem judicial, não teve presença de efetivo policial e muito menos o Instituto de Polícia Cientifica foi acionado, pois é o órgão oficial para realizar esse procedimento, caso a justiça autorizasse. Se houvesse tal ordem, o delegado e sua equipe ou a polícia militar iriam cumprir, porém, não houve nada disso. Se alguém desenterrou o corpo sem essa autorização, cometeu um crime que será investigado”, disse Francisco Basílio.

Relatos de um parente também aponta erro médico e diz o seguinte:

“A moça que morreu ontem é da minha família, vou tentar resumir o máximo porque não devemos satisfações a cobras. Ela tinha doença no coração desde nascença, semana passada deu a luz a gêmeos no hospital Cândida Vargas, segunda-feira ela passou mal e a médica deu a medicação Berotec, medicamento que não pode ser dado a cardíaco.

Daí foi o fim de uma vida, a medica transferiu ela para a Frei Damião aonde ela já chegou e foi entubada com urgência e faleceu. A mãe não se conforma de não ter visto e velado o corpo da filha, hoje conseguiu ordem judicial para isso, e foi lá para abrir o caixão e vê a filha que foi enterrada”.




Fonte: Portal do Litoral

Prisão por trafico de drogas no córrego do retiro em Aracati

Hoje, por volta das 12h, após receberem uma denúncia relacionada a tráfico drogas na localidade do Córrego do Retiro, as equipes do Raio 01, VTR RAIO 039 e Força Tática Delta se deslocaram ao local. Ao perceberem a aproximação das equipes, o indivíduo conhecido como Kaká, evadiu-se pelo cercado, sendo alcançado pelas equipes. O acusado confessou que estava comercializando drogas juntamente com Sílvia.

Que durante as buscas as equipes localizaram enterrado no quintal da residência um tablete de maconha e uma pequena quantidade fracionada pronta para venda. Cumpre ressaltar que tanto o Kaká, quanto a Sílvia já respondem respectivamente por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Diante dos fatos, ambos receberam voz de prisão e foram conduzidos juntamente com o material à delegacia de Aracati.

Material aprendido

• 506 gramas de maconha;
• 01 celular Motorola dourado;
• 01 celular k11 dourado.

Delegacia Regional de Aracati
Inquérito: 412-174/2020




Bolsonaro anuncia pagamento de segunda parcela do Auxílio Emergencial; confira!

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou nesta quinta-feira (14) que a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 será depositada a partir da próxima segunda-feira (18).
Segundo Guimarães, o pagamento será escalonado com base na data de nascimento dos beneficiários. O cronograma exato será divulgado nesta sexta (15), às 15h.
Nesta quinta, o G1 mostrou que a Caixa completou duas semanas sem liberar novos créditos do auxílio emergencial. O último balanço dos pagamentos divulgado pelo banco, às 12h da terça-feira (13), apontava que haviam sido creditados até então R$ 35,5 bilhões a 50 milhões de brasileiros – mesmos números informados desde 30 de abril.

Primeira parcela pendente

Pedro Guimarães também anunciou que a Caixa pagará, entre sexta (15) e sábado (16), mais um “lote” referente à primeira parcela. Devem ser incluídos, nesse momento, pessoas que tiveram inconsistências no cadastro e, por isso, ainda estavam com o benefício pendente.

O presidente da Caixa não informou quantas pessoas serão incluídas nesse pagamento, e nem se haverá novas liberações da primeira parcela do auxílio de R$ 600 nas próximas semanas.

Até esta quinta, mesmo quem já recebeu a primeira parcela sem problemas ainda não tinha a confirmação do cronograma. Apenas os trabalhadores que já são beneficiários do Bolsa Família têm data para receber, já que os pagamentos seguem o calendário do Bolsa.

Outros milhões de brasileiros ainda aguardam a concessão do benefício, sem saber se – e quando – vão receber.

Conta digital para todos

O presidente da Caixa também afirmou, na live, que o banco vai criar contas digitais para todos os beneficiários do auxílio emergencial.

No pagamento da primeira parcela, em abril, a Caixa criou 20 milhões de contas desse tipo, voltadas para quem ainda não tinha conta bancária nem cartão do Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) – ou seja, não tinha um meio digital para receber os R$ 600.

Os outros 29,7 milhões de beneficiários receberam o dinheiro em contas bancárias que já existiam antes, ou no cartão do Bolsa Família. Agora, segundo Guimarães, mesmo essas pessoas passarão a receber o auxílio em uma conta digital da Caixa.

Assim como o cronograma, os detalhes só serão divulgados na tarde desta sexta.

“É muito importante, porque você consegue fazer essa movimentação pelo celular. Isso é uma novidade: nós tínhamos 20 milhões de contas e agora, já para a segunda parcela, teremos 50 milhões de contas digitais”, declarou Pedro Guimarães.

Fonte G1



STF rejeita pedido para mudar prazos relativos às eleições municipais

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quinta-feira (14) uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI 6359) que pedia a suspensão de vários prazos relativos às eleições municipais de outubro. O Senado participou do julgamento através da sua Advocacia, defendendo que cabe ao Congresso tomar decisões dessa natureza.

A ação foi proposta pelo Progressistas (PP). A legenda argumenta que a situação de calamidade pública desencadeada pela pandemia de Covid-19 justifica a suspensão dos prazos para mudança de domicílio eleitoral, filiação partidária e desincompatibilização de cargos. Como esses prazos venceram em abril, a ação faria com que eles fossem reabertos.
A manutenção das datas no atual cenário impediria que muitas pessoas as cumprissem, o que violaria direitos políticos e princípios constitucionais de soberania popular. Em decisão liminar, a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já havia indeferido o pedido.

A Advocacia do Senado argumentou que a ADI não conseguiu demonstrar os danos que apontava, uma vez que os potenciais prejudicados são “apenas uma parcela, presumivelmente pequena” dos possíveis candidatos nas eleições municipais: aqueles que deixaram para regularizar suas situações no final do prazo.

“Filiação partidária e domicílio eleitoral são situações jurídicas habitualmente estáveis. A mudança é a exceção, não a regra”, diz a manifestação assinada pelo advogado-geral do Senado, Fernando Cesar de Souza Cunha.
A nota também destaca que a prerrogativa para decidir sobre mudanças em regras eleitorais cabe ao Congresso Nacional, que não interrompeu suas atividades durante o estado de calamidade.

“O Congresso Nacional funciona regularmente e, portanto, não deixará de dar, em sua esfera de competências constitucionais, as respostas que a sociedade brasileira demanda. Por essa razão, não se faz presente a necessidade de atuação supletiva ou corretiva do Poder Judiciário”, diz a Advocacia do Senado.



Abrigo de idosos tem 18 com o novo coronavírus; dois foram internados em Quixeramobim

Em Quixeramobim, no Sertão Central, 18 idosos da Casa do Ancião Santo Antônio de Pádua estão com Covid-19. Uma funcionária da casa e uma 'irmã' da entidade filantrópica também testaram positivo para o novo coronavírus. As informações foram confirmadas por uma funcionária da instituição nesta quarta-feira (13).

Os 32 idosos do abrigo realizaram testes após uma idosa ter sido hospitalizada com os sintomas da doença. Dentre os 18 infectados, a primeira paciente e outro idoso estão internados no Hospital Regional do Sertão Central. A funcionária da Casa informou que o estado de saúde deles não é grave, mas que precisam de auxílio para respirar.

Os outros diagnosticados com a Covid-19 estão recebendo tratamento no abrigo. A funcionária e a integrante da entidade que também testaram positivo estão em isolamento obrigatório, recebendo tratamento em casa.
Outros 14 idosos, que testaram negativo, foram levados a outro abrigo da instituição, para evitar a contaminação.

A Secretaria de Saúde de Quixeramobim informou que está ciente das medidas tomadas pela instituição. A pasta informou que auxiliou no transporte dos idosos saudáveis para o outro abrigo, que ocorreu na quarta-feira (13).

Quixeramobim tem 93 casos confirmados e 4 óbitos pelo novo coronavírus, segundo dados da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde, atualizados às 17h57 desta quarta-feira (13).

DN




o estado do Ceará registra 642 altas hospitalares nas últimas 24 horas

Nas últimas 24 horas, o Ceará contabilizou 642 altas hospitalares de pacientes internados com COVID-19. Porém, o número de óbitos confirmados é de 149.

Vale lembrar que, apesar do registro das mortes, não significa que os pacientes morreram durante o período de 24 horas. Isso porque ocorre demora para confirmação dos exames. Por exemplo: um óbito pode ter ocorrido há dez dias, mas só foi contabilizado no dia de hoje, 13.

A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento do coronavírus gira em 88,53%. Já as enfermarias seguem com 81,3%.

Algumas unidades hospitalares já atingiram 100% da taxa de ocupação de UTIs, entre elas: Casa de Saúde e Maternidade São Raimundo, Hospital de Messejana, Hospital Antonio Prudente (particular da Hapvida), Hospital Cura D’ars (106,5%), Gonzaguinha do José Walter, Hospital Geral Waldemar Alcântara, entre outros.

FOCUS




PT de Barbalha realiza eleição com filiados, mas 59,6% não comparecem devido à inadimplência

Na eleição municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) realizada hoje, 7 de julho de 2025, na Câmara Municipal de Barbalha, das 8h às 17h, a...