14 julho, 2012

Uirapuru Entidades ganham duas novas casas

Construções devem abrigar pessoas soropositivas e voluntários evangelizadores
Esperança e fé. Foi através da força desses dois elementos que o Projeto Sol Nascente, voltado para abrigar adultos soropositivos carentes e sem vínculos familiares, e a Comunidade Obra de Maria, que abriga voluntários evangelizadores, foram beneficiados com a doação de casas próprias dentro do Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU).

A inauguração da nova casa do Projeto Sol Nascente deve acontecer no próximo dia 25, mas ainda não há nenhum móvel FOto: Alcides Freire

"No CEU, existem 21 entidades que, por meio de missões, ações sociais e espirituais, fazem do lugar um espaço diferente", destaca Arilo Deodato, presidente do conselho geral do Condomínio e diretor do Projeto Sol Nascente.

Segundo ele, em nenhum lugar do Brasil existe um complexo capaz de abrigar crianças, padres idosos, dependentes químicos em recuperação, conventos, e pessoas com Aids. Para se manter, as unidades necessitam da providência do Estado e também da sociedade civil.

Abrigados

O Projeto Sol Nascente, por exemplo, foi fundado há dez anos e é voltado para crianças e adultos soropositivos. Os 12 homens e mulheres abrigados viviam em uma casa alugada.

No dia 25 de julho, o sonho de ter uma casa nova será realizado. O imóvel, financiado pelo Governo do Estado em parceria com a Receita Federal, deve ser inaugurado.

A construção de quase mil metros quadrados é um espaço adequado para o tratamento de pessoas que, muitas vezes, são abandonadas pelos parentes por serem soropositivas ou não possuem nenhum vínculo familiar.

Conforme Deodato, a nova instalação poderá abrigar 18 pessoas, pois o imóvel divide-se em seis enfermarias (com três leitos cada), posto de enfermagem, capela, cozinha, refeitório, consultório, quarto para medicação, sala, jardim e um anexo para a administração. O Governo do Estado bancou 90% do projeto e os outros 10% foram doações de mercadorias apreendidas pela Receita Federal.

Apesar da data de inauguração estar próxima, a casa ainda não possui nenhum móvel. "Estamos partindo para a segunda fase, que é mobiliar a casa. Precisamos de camas, ventiladores, televisões, equipamentos para uma lavanderia industrial e utensílios domésticos. Abrigamos pessoas que estão muito debilitadas, cadeirantes e precisam de conforto", explica Deodato.

Ele ressalta que há uma demanda reprimida, pois a entidade possui uma parceria com o Hospital São José e sempre há pacientes precisando de acolhimento e ajuda.

Voluntariado

O jardineiro pernambucano Edeildo João Malaquias conheceu a Obra de Maria há 11 anos, durante um retiro de Carnaval. A beleza do projeto o fez deixar tudo para traz e virar missionário. Na caminhada, conheceu a sua esposa e, há cinco anos, veio morar em Fortaleza para implementar a iniciativa na Capital. Neste período, ele, a esposa e outro casal missionário moraram em uma casa alugada. Mas, uma Organização Não-Governamental (ONG) da Alemanha financiou a construção de uma unidade própria dentro do CEU.

Edeildo explica que o projeto existe em outros países e, no Brasil, a sede é em Recife. O objetivo é formar e abrigar voluntários, que têm a missão de evangelizar famílias e jovens. "Fazemos visitas na tentativa de resgatá-los e levá-los a conviver na comunidade", explica.

Conforme ele, serão feitas duas casas, com capacidade de abrigar cerca de 24 voluntários cada. A previsão é que, até o fim do ano, as unidades estejam prontas. "A Comunidade Obra de Maria evangeliza através do meio social.

Ajudamos em creches, na recuperação de dependentes químicos, hospitais, escolas e fazemos visitas as famílias", ressalta o missionário.

KARLA CAMILAREPÓRTER 

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