05 agosto, 2015

Banco Central.O furto que não acabou; Um quilo de liga

Surpresa evidente naquela ligação que recebia do marido. 

- Um quilo de liga?

Era um pedido esquisito. O cearense Antônio Edimar Bezerra telefonou para a mulher, cheio de cautela, para dizer que ela comprasse “dessas liguinhas de amarrar... papel”. Só que seria mesmo para segurar dinheiro. Literalmente, um monte. E que comprasse também um caderno, para anotar a divisão. A dinheirama era tanta que o problema do bando estava sendo arranjar mais liga para fazer a partilha.


Para a chamada, Edimar usou um celular até então desconhecido da Polícia Federal. Ele teve o cuidado, nos dias de fuga, de sempre falar de um aparelho que não fosse seu habitual. A mulher teria que comprar a liga e deixar a encomenda na portaria da casa. Nem precisaria entrar. O POVO não publica o nome dela por não ter sido denunciada no processo.

- Fia, é responsa. 
Edimar deu a missão, mas azar o dele que o celular da mulher, apesar das precauções, estivesse monitorado pelos federais havia vários dias. Mais 12 números, em nome do próprio Edimar e de outros familiares seus, habilitados no Ceará e em São Paulo, vinham sendo escutados. Depois da conversa para que a mulher comprasse as ligas, Edimar foi preso poucas horas depois.


A escuta foi registrada às 16h11 do dia 27/9/2005. A encomenda das ligas não pôde ser entregue. No dia seguinte, Edimar e mais quatro homens (Marcos Ribeiro Suppi, Flávio Augusto Mattioli, Marcos de França e Davi Silvano da Silva, o “Véio Davi”) foram presos e apresentados pela PF como acusados pelo furto ao Banco Central de Fortaleza. Eram cavadores do túnel feito pela quadrilha. Véio Davi foi um dos chefes da escavação. O crime hoje completa exatos dez anos.


O imóvel, no bairro Mondubim, era a própria casa de Edimar. Lá estavam R$ 12,2 milhões. Tudo em cédulas de 50 reais, algumas já reservadas em sacolas de feira e outra parte escondida em compartimentos debaixo de armários ou em buracos no piso. Numa outra ligação, ainda antes da prisão, Edimar reforçou para que, junto com as ligas, a mulher também comprasse talco. O pó facilitaria na contagem das notas.


Até o dia 18 de outubro de 2005, a PF já contabilizava mais de 130 mil áudios da quadrilha. Eram ainda pouco mais de 70 dias desde a descoberta do furto. Nos cinco anos que duraram a investigação, o delegado federal Antônio Celso dos Santos, que chefiou o trabalho, disse nem saber o quanto precisou ouvir. “Acredito que foram milhares de horas de coisa que a gente ouviu e também teve milhares de coisas que não interessavam”, admite.


Na euforia por gastar logo a parte que lhes coubesse do furto milionário, alguns do grupo falavam demais ao telefone - e nem sabia que já estavam grampeados. O paulista Anselmo Oliveira Magalhães, o Cebola, era um desses.


Ansioso, Cebola ligou para o amigo “Alemão” (o paulista Márcio Markoski) - que tinha o mesmo apelido do chefe da quadrilha, o cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos. Queria extravasar e torrar o dinheiro alheio. “Tô tentando me segurar, mas tá foda (...) Porque vou comprar, porra”.


Cebola foi preso em novembro de 2006 e, por habeas corpus, solto no mês seguinte. No dia 20 de janeiro de 2007, Cebola, Markoski e mais um amigo deles foram encontrados mortos dentro de um poço em Arujá (SP). Sofreram tortura. Teriam sido extorquidos por policiais. Nenhum responsável pelo triplo homicídio foi preso.



A PARTILHA

Antônio Edimar Bezerra ofereceu a própria casa, no Mondubim, para que integrantes da quadrilha dividissem parte do dinheiro furtado. No local, no dia 28/9/2005, a PF encontrou R$ 12,2 milhões. A caixa-forte do Banco Central de Fortaleza foi invadida na noite de 5/8/2005, há exatos dez anos. Nas primeiras horas do dia 6, o grupo fugiu levando R$ 164.755.150,00.


Ordenação Presbiteral conclui a festividade do Dia do Padre

O Dia do Padre para a Diocese de Crato em 2015 teve um significado ainda mais especial, pois com a Festa de São João Maria Vianney realizada hoje, 4, foram acolhidos três novos presbíteros que contribuirão para o anúncio do evangelho se doando ao povo através da missão sacerdotal. Antônio Romão Gomes Filho, Francisco Amós Macêdo Pinto e Paulo Evangelista da Costa da Silva receberam, das mãos de Dom Fernando Panico, a ordem presbiteral na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato- CE, em uma celebração que contou com a presença de centenas de fiéis e padres da Diocese de Crato e dioceses vizinhas.

Eleição do candidato, homilia, propósito do eleito, ladainha, imposição das mãos e prece de ordenação, unção das mãos e entrega da patena e do cálice são os passos que constituem a ordenação presbiteral, segundo o Pontifical Romano. A cada um destes passos a assembleia se emocionava e vibrava pela concretização do sonho, de cada um dos três jovens, de ser sacerdote, o que segundo o Santo Cura d’Ars, só pode ser compreendido no céu, pois se o compreendêssemos na terra, morreríamos, não de pavor, mas de amor.
“O nosso abraço e admiração pela doação de vida de cada um dos nossos padres. O sacerdote é um profeta que Deus coloca como sentinela do seu povo, para cuidar deles, portanto deve sempre está em nosso ministério a humildade de Deus. Os dons providos do Pai não são para o nosso próprio bem, mas para a comunidade. Ser sacerdote é algo que ultrapassa a capacidade humana. Peçamos a Deus que multiplique os santos sacerdotes. Hoje a Diocese de Crato, com toda a igreja, se alegra em recebermos novos ministros ordenados”, falou Dom Fernando.

Ao final da celebração cada neo- sacerdote recebeu a provisão de vigário paroquial. O Pe. Antônio Romão Gomes Filho (enviado ao Seminário São José pela Paróquia Menino Jesus de Praga, de Juazeiro do Norte), foi encaminhado para a Basílica Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro; Pe Francisco Amós Macêdo Pinto (enviado ao Seminário pela Paróquia Menino Deus, de Aurora), foi encaminhado para a Paróquia Santo Antônio, em Jardim; e o Pe. Paulo Evangelista da Costa da Silva (enviado pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Juazeiro), permanecerá na Paróquia Nossa Senhora das Angústias, em Tarrafas, local onde estava exercendo o estágio pastoral.




04 agosto, 2015

O guerreiro urubu que tomou o lugar do forte Popeye.

Popeye FlamengoO Flamengo possui dois representantes: O marinheiro Popeye e o Urubu. O primeiro nasceu na década de 1940, inspirado nos quadrinhos da época. A pedido do “Jornal dos Sports”, o cartunista argentino Lorenzo Mollas deu vida à primeira mascote rubro-negra. Inspirado pela semelhança na origem da personagem com o clube, já que ambos “nasceram no mar” (O Popeye é um marinheiro e o Clube de Regatas do Flamengo, bom, é evidente) e ostentam a fama de reverter adversidades, o desenhista criou o Popeye rubro-negro, forte e persistente. Entretanto, apesar das explicações, a mascote não caiu nas graças da torcida. Não havia uma identidade entre personagem e equipe.

Mas a história estava para mudar. E essa mudança de cenário aconteceu graças aos rivais do Rubro-negro. Na década de 1960, os flamenguistas sofriam com as provocações das torcidas adversárias. Apesar de ser um clube originalmente criado em um ambiente da elite carioca, a nova agremiação logo se popularizou e passou a sofrer com o preconceito dos rivais. Como uma forma preconceituosa de ridicularizar a torcida popular, de massa, e em sua grande maioria composta por afrodescendentes e pessoas de baixa renda, os rubro-negros passaram a ser chamados de “urubus”. A alcunha incomodava.

Mas o ano de 1969 reservava algo diferente para o Flamengo. Às vésperas de um clássico contra o Botafogo, válido pelo segundo turno do Campeonato Carioca daquele ano, um grupo irreverente Urubu flamengo mascotede quatro torcedores rubro-negros decidiu subverter a origem do apelido que lhes era dado. A partida estava marcada para o dia 1º de junho, um domingo. E perto da data do confronto, Luiz Octávio Vaz, Romilson Meirelles, Victor Ellery e Erick Soledade, fanáticos pelo clube da Gávea, decidiram que iriam levar um urubu para o Maracanã. O grupo de amigos se reuniu e se dirigiu à antiga Favela da Praia do Pinto (Removida no fim da década de 1960, em condições até hoje não esclarecidas, após um misterioso incêndio), que se localizava em frente ao Flamengo. Não encontraram urubus. Se dirigiram para o depósito de lixo do Caju, mas já era noite e os animais não estavam mais no local. Então, na manhã de sábado, 31 de maio, retornaram e escolheram o urubu que teria a honra de ser a nova mascote do clube e o levaram para a casa do professor.

No dia seguinte, os torcedores levaram o animal para o Maracanã. Mas como entrar com um urubu em um estádio? Fácil. Na época, os torcedores podiam entrar à vontade com bandeiras nas dependências da praça esportiva. O grupo de amigos então enrolou a ave em uma bandeira. A intenção era liberá-la quando a equipe rubro-negra subisse ao gramado.flamengo urubu

No Maracanã, a atmosfera era a que um grande clássico exigia. Estádio cheio, com público próximo de 150 mil pessoas, e provocações de lado a lado. Nas arquibancadas do lado direito das cabines de transmissão, os torcedores do Botafogo entoavam o grito de urubu. No gramado, nada das equipes. Tim, técnico do Flamengo, não levava sua equipe a campo antes do rival, por superstição. Já o Alvinegro, também não dava o ar da graça. Eis que então um estrondo ecoa no lado rubro-negro das arquibancadas. Era um foguete estourando. Foi o estopim para o início da trajetória do urubu como nova mascote do Flamengo. A ave, ainda enrolada na bandeira, ficou assustado com o barulho e os torcedores resolveram então soltar o animal, com uma pequena flâmula rubro-negra amarrada em suas patas. O urubu alçou voo do lado flamenguista e rumou em direção ao alvinegro. De repente, a ave mudou sua rota e retornou ao rubro-negro e pousou no gramado. Foi o necessário para levar os torcedores ao êxtase, aos gritos de: “É urubu, é urubu”.

urubu flamengo maracanã foto romilson.

As equipes então entraram em campo. O Flamengo não vencia o rival faziam quatro anos. E graças ao urubu, ou não, o Rubro-Negro pôs fim ao jejum de vitórias sobre o Alvinegro que durava nove jogos. 2 a 1 no placar do Maracanã e um voo alto do urubu. Desde então, a ave caiu nas graças da torcida e quando o cartunista rubro-negro, Henfil, do “Jornal dos Sports” e da “Revista Placar”, deu vida ao desenho da nova mascote, o urubu virou sinônimo de Flamengo.







Dilma Rousseff sinaliza inauguração de transposição do São Francisco

Em um churrasco oferecido aos líderes e presidentes de partidos no Palácio da Alvorada, na noite desta segunda-feira (04/08), a presidente Dilma Rousseff fez um discurso otimista. Prometeu buscar o diálogo com todas as forças políticas e com o setor produtivo. E para animar a base, fez promessas grandiosas.

— A presidente disse que dentro de dois meses vai entregar os primeiros 39 quilômetros da transposição do Rio São Francisco. E até 2016 vai entregar a obra toda, concluída. Isso é uma notícia maravilhosa para o meu Nordeste. Também anunciou que logo estará fazendo as concessões na área de infraestrutura para dividir a crise com o setor privado — comemorou o líder do PP, senador Benedito de Lira (AL).

A presidente Dilma também pediu que os aliados enfrentem as pautas difíceis que serão colocadas na volta do recesso, com “altivez”.

— Da estabilidade fiscal eu não arredo o pé. Não quero que votem como carneirinhos, mas, como uma base corajosa em nome e para o Brasil — apelou Dilma.


Índice de mortes violentas no Ceará é o menor desde 2012

O Ceará registrou, em julho deste ano, o menor número de mortes violentas no Estado desde fevereiro de 2012. Pelo sexto mês consecutivo o índice caiu desta vez em expressivos 19,6%, passando de 326 crimes violentos letais e intencionais para 262, o que significou um total de 64 vidas salvas em julho de 2015.

Nos sete primeiros meses de 2015 foi registrada 14,2% em relação ao mesmo período de 2014, com 376 vidas salvas.

O Governador Camilo Santana participou da reunião de monitoramento realizada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Na ocasião o próprio Governador que divulgou os dados referentes aos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI).

As reuniões de monitoramento envolvem representantes das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros e acontecem mensalmente desde fevereiro deste ano, na sede da SSPDS.


Prisão de Dirceu não foi tratada em reunião no Planalto, diz Guimarães

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que a prisão do ex-ministro José Dirceu não foi mencionada na reunião do Conselho Político da presidente Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira, 3. Guimarães, que é vice-presidente do PT, disse que caberá ao partido discutir o assunto em reunião amanhã, e não o governo.
“A Lava Jato pode continuar do jeito que está, mas o Brasil precisa funcionar. A Lava Jato não pode paralisar o País”, comentou o petista. Guimarães disse que só interessa à oposição transformar “qualquer prisão” em um “fantasma de que o País vai paralisar”. “O Brasil vive um momento de desgaste para todo lado. A política no Brasil precisa ser refeita, a política não está bem e envolve todos os partidos”, afirmou.
Segundo o petista, o foco do encontro desta manhã foi a pauta do Congresso, após o fim do recesso parlamentar. Guimarães contou que a preocupação do Palácio do Planalto neste segundo semestre é com a aprovação de propostas que causem impacto nas finanças dos governos federal e estaduais.
Na reunião desta tarde no Palácio do Jaburu com os líderes da base governista, será feito um apelo para que os parlamentares votem contra esse tipo de matéria, em especial a Proposta de Emenda à Constituição que vincula o teto dos subsídios de advogados públicos, defensores públicos e delegados das Polícias Federal e Civil a 90,25% ao que recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a que trata sobre a remuneração do FGTS. ” É importante manter a atual política de correção para garantir o Minha Casa Minha Vida”, destacou.
Também foi feita uma análise da situação do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo. Os aliados da presidente Dilma chegaram à conclusão de que é preciso procurá-lo para estabelecer uma relação “institucional e civilizada, preservando a independência dos Poderes”.
“O governo não aposta na tese de que ele vai ser instrumento da oposição. O governo aposta que ele manterá uma relação transparente com o governo e vamos dialogar. Quando tiver divergência, evidentemente a responsabilidade da base, que tem maioria, é votar contra”, declarou Guimarães.


Joaquim Barbosa diz aguardar, 'como todo brasileiro', o desfecho da Lava Jato

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa disse na segunda-feira (03/08) em Fortaleza, que aguarda, “assim como todo brasileiro”, o desfecho da Operação Lava Jato. Relator do julgamento do Mensalão, ele alegou que está aposentado e que, por isso, não iria comentar a nova prisão do ex-ministro José Dirceu. “A minha posição é a mesma de vocês: de expectativa e observação”, afirmou. Ao ser perguntado se o Poder Judiciário no Brasil teria autonomia suficiente para julgar e levar os culpados à punição adequada, ele respondeu que sim e que temos um dos poderes judiciários mais autônomos do mundo. Joaquim Barbosa se mostrou otimista e afirmou que “estamos vivendo a primavera da esperança”. “Esses crimes que agora nos chocam já foram rotina de países como os Estados Unidos no final do século 19 e no início do século 20″, comparou.

“O Poder Judiciário brasileiro goza de prerrogativas e independência que inexistem na maioria das democracias. Posso citar aqui um exemplo. Há cerca de dois anos, eu estive na Holanda para participar de um congresso internacional de presidentes de cortes supremas. E o choque da discussão desse congresso era a questão do financiamento do poder judiciário em diversos países. Houve uma perplexidade quase generalizada quando eu disse que aqui no Brasil o Poder Judiciário goza daquilo que nós chamamos de autonomia financeira, porque isso não existe em lugar nenhum. Ou seja, a possibilidade de o próprio Poder Judiciário elaborar o seu orçamento e submeter essa proposta de orçamento ao Poder Legislativo. Isso foi pensado de maneira a fortalecer a independência do Poder Judiciário. Por quê? Porque no nosso passado institucional, no passado de vários países vizinhos e até mesmo dos Estados Unidos houve momentos históricos em que o poder político quis interferir na autonomia do Poder Judiciário asfixiando-o financeiramente”, explicou Joaquim Barbosa. “O juiz brasileiro goza de uma independência que juiz nenhum no mundo tem. Basta ele querer ser independente”, frisou.

Para Joaquim Barbosa, o Brasil está em um caminho de evolução e não de involução. “Há 30, 40 anos, esses crimes sequer viriam à tona. E digo mais, há 30, 40 anos o Estado brasileiro não estava sequer aparelhado para combater esses crimes de corrupção”, afirmou.

Convenção

O ex-ministro do STF proferiu a palestra “Ética nos negócios e na vida pública”, na abertura da 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor (Abad), nessa segunda-feira em Fortaleza. O evento prossegue até quinta-feira. De acordo com a entidade, o setor atacadista e distribuidor registrou queda de 9 58% no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período do ano passado. Na avaliação do presidente da Abad, José do Egito Frota Lopes Filho, o Brasil deverá melhorar quando o governo colocar em prática a reforma fiscal e melhorar a infraestrutura. “O problema é mais político do que econômico”, avaliou.


PT de Barbalha realiza eleição com filiados, mas 59,6% não comparecem devido à inadimplência

Na eleição municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) realizada hoje, 7 de julho de 2025, na Câmara Municipal de Barbalha, das 8h às 17h, a...