27 novembro, 2016

Grupos que pediram o impeachment de Dilma, ensaiam o ‘Fora, Temer’

Menos de três meses após o impeachment de Dilma Rousseff, grupos responsáveis pelas manifestações de rua ameaçam agora pedir a saída de Michel Temer caso ele sancione um eventual projeto de anistia ao caixa 2. Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Nas Ruas acusam o Planalto de condescendência com parlamentares que tentam descaracterizar o pacote anticorrupção em discussão na Câmara.

Os grupos se reunirão em um protesto pela primeira vez desde a destituição da petista no próximo dia 4, na Avenida Paulista, e o tema principal é o combate a uma eventual anistia.

O desgaste de Temer foi ampliado após as denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que levaram à queda de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo. Principal articulador político do presidente, Geddel foi acusado de pressionar o colega para liberar a construção de uma obra em Salvador embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“A nossa palavra de ordem vai depender de como Temer agir. Se passar na Câmara a anistia e ela for sancionada, vamos então pedir o ‘Fora, Temer’”, disse Carla Zambelli, líder dos Nas Ruas e uma das porta-vozes do Convergência, que reúne 40 movimentos em diferentes Estados.

Após a repercussão negativa da articulação na Câmara, aliados de Temer passaram a divulgar que o presidente vetará qualquer proposta de anistia que chegue ao Palácio do Planalto. Até então o presidente vinha dizendo que respeita decisões do Congresso e chegou a sinalizar, em entrevista, que sancionaria o texto.

O Vem Pra Rua lançou nas redes sociais a hashtag #vetatemer e se aproximou do PSOL, partido de esquerda que combateu o impeachment de Dilma. “Vamos apoiar fortemente ações como a do deputado Ivan Valente, do PSOL, que está pressionando para que a votação seja nominal. Estamos abertos para conversar com qualquer partido alinhado com a nossa causa. Por isso vamos parabenizá-lo”, disse Rogério Chequer, porta-voz do grupo.

Reduto de políticos tucanos e da antiga oposição, o Vem Pra Rua tem sido enfático. “Não vi o Temer se posicionar contra isso (anistia ao caixa 2). Gostaria de ouvir. Estamos de olho no Temer e no (deputado) André Moura (PSC-SE, líder do governo na Câmara). Estamos juntando evidências”, afirmou Chequer.

Segundo o ativista, o presidente terá uma dura decisão nas mãos. “Temer vai ter que escolher se é à favor dos políticos corruptos ou está ao lado da sociedade”.

Além do veto, porém, para não arcar com o ônus o presidente precisará articular sua base para que a decisão não seja derrubada na Câmara posteriormente.

Autores do pedido de impeachment de Dilma, a advogada Janaina Paschoal e o jurista Miguel Reale engrossam a pressão sobre Temer. “Afirmo de maneira categórica que se esse projeto de anistia tiver andamento no Congresso e for sancionado pelo presidente, isso será uma situação inequívoca de quebra de decoro”, disse Janaina. Na semana passada, a advogada usou o Twitter para cobrar a demissão de Geddel.

Reale, por sua vez, avalia que ainda não há fato concreto para que se peça o impeachment de Temer, mas vê condescendência com a articulação pela anistia ao caixa 2. “Há um imenso desgaste. O problema não é só sancionar (a anistia ao caixa 2), mas dar sinal verde para as tratativas. As notícias indicam que ele não vetaria. Até agora, Temer não negou isso”, disse Reale.

PSDB

Os juristas e os grupos de rua também estão afinados na crítica aos partidos que apoiaram o impeachment, em especial o PSDB. “Alguns líderes do partido estão mudos. Vários membros estão indicados como envolvidos”, disse Reale.

“A posição do PSDB é lamentável. Será que querem assumir a Presidência em 2018 depois disso?”, questionou Chequer, ampliando as críticas.

Agencia Estado



Temer anuncia acordo com Congresso para impedir anistia a caixa 2

Acompanhado dos presidentes das duas casas legislativas, o presidente Michel Temer disse, em coletiva de imprensa convocada para este domingo (27), que foi feito um acordo institucional entre Executivo e Legislativo para garantir que não prosperará qualquer tentativa de anistiar crimes de caixa 2.

“Estamos aqui para revelar que, no tocante da anistia, há uma unanimidade dos dirigentes do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Verificamos que é preciso se atender à voz das ruas, o que significa reproduzirmos um dispositivo constitucional que diz: o poder não é nosso; não é nem do presidente da República nem do Senado nem da Câmara. É do povo. Quando o povo manifesta a urgência, ela há de ser tomada pelo Poder Legislativo e igualmente pelo Executivo”, disse Temer ao abrir a coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Segundo ele, esse “ajustamento institucional” foi feito com vistas a “impedir a tramitação de qualquer proposta” que vise a chamada anistia. “Até porque essa questão da anistia, em um dado momento, viria à Presidência da República, a quem caberia vetar ou não vetar”, acrescentou.

Temer garantiu que “seria impossível ao presidente da República sancionar uma matéria dessa natureza”, e que isso já vinha sendo dito durante reuniões dele com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia. “Apontamos [nessas reuniões] que não há a menor condição de levar adiante essa proposta”.

Rodrigo Maia negou que as lideranças da Câmara estivessem atuando no sentido de incluir na proposta matérias visando a anistia. “Foi colocado com os líderes que não podíamos tratar de anistia eleitoral nem a qualquer outro crime. Esse debate nunca aconteceu e, com certeza, nunca acontecerá quando colocarmos para votação, provavelmente na terça-feira”, disse.

“A reunião de hoje é importante para esclarecermos que essa emenda nunca existiu efetivamente porque nunca foi apresentada por nenhum líder partidário. Portanto não existe. Não estamos votando medidas para anistiar nenhum crime”, acrescentou.

Renan também garantiu que atuará conjuntamente para evitar a aprovação de matéria que anistie crimes eleitorais. “Nós estamos fazendo um acordo, um ajuste institucional no sentido de que não haverá apreciação de anistia a crime eleitoral, ao caixa 2 ou a qualquer crime eleitoral, até porque tudo que é aprovado vai para veto. Portanto, as presidências da Câmara e do Senado chegaram à conclusão de que essa matéria não deve tramitar.”



Estados pedem mais tempo e dinheiro para implementar reforma do ensino médio

Secretários estaduais de educação dizem que precisam de tempo e de recursos para executar as mudanças no ensino médio previstas na Medida Provisória 746/2016, em tramitação no Congresso Nacional. Eles concordam que a etapa precisa de mudanças e de se adequar aos interesses dos estudantes, mas pedem algumas alterações no texto da medida. O texto da MP está em análise em uma comissão mista. A intenção dos parlamentares é que o relatório do senador Pedro Chaves (PSC-MS) seja entregue nesta semana. A partir daí, o documento poderá ser discutido e votado.

Uma das principais demandas dos gestores estaduais é a ampliação da duração da política de fomento, na qual o governo federal transfere recursos adicionais para os estados ampliarem a jornada escolar para 7 horas diárias. Atualmente, o ensino médio deve ter pelo menos 4 horas por dia. Pelo texto original, o apoio deve durar no máximo quatro anos.

“É inadmissível a gente pensar que [o fomento] possa encerrar com um ou dois anos, porque isso é um investimento de longo prazo, tem que diluir não só melhorias de estrutura física das escolas, mas estrutura de custeio”, diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Fred Amâncio.

Amâncio é secretário de Educação de Pernambuco, estado que é considerado referência pelo Ministério da Educação (MEC) na implantação do tempo integral no ensino médio. Atualmente, segundo o secretário, 43% das escolas funcionam com uma jornada de 7 horas diárias, ou seja, os estudantes ficam mais tempo na escola e têm atividades no contraturno.

Amâncio atribui ao tempo integral o fato de o ensino médio do estado ter saído da 21ª posição em 2007 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade da educação por meio de avaliações em português e matemática, e ter alcançado o topo do ranking, em 2015, ao lado de São Paulo.

“Costumo dizer que o Brasil tem, no ensino médio, educação parcial. Em todos os países referência do mundo, os jovens ficam 7 horas na escola. No Brasil, a maioria dos estudantes fica 4 horas”, diz. “É importante a gente dar um passo no processo de ampliação e isso envolve investimento. A gente tem levado essa discussão não apenas nas audiências públicas, mas em conversas com o MEC. O programa de fortalecimento é muito importante”, completa.

A MP da Reforma do Ensino Médio estabelece que a jornada escolar deve ser “progressivamente ampliada”, mas não dá um prazo para que todas as escolas concluam esse processo. O Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral oferece, para o ensino médio, R$ 2 mil a mais por aluno por ano para ajudar os estados.

Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2014, o Brasil deve ter pelo menos 25% dos estudantes em tempo integral até 2024 – atualmente, são 18,7% levando em consideração toda a educação básica. No ensino médio, são apenas 6,4% das matrículas.

Currículo

Além da prorrogação da jornada, a MP estabelece que parte da formação do estudante do ensino médio seja voltada para os conteúdos da Base Nacional Comum Curricular, que ainda está em discussão no MEC, e parte destinada à formação em uma ênfase escolhida pelo próprio estudante. As ênfases serão em linguagens; matemática; ciências da natureza; ciências humanas; e formação técnica e profissional.

Segundo Amâncio, entre os pedidos dos gestores está a maior flexibilidade para que os estados elaborem os próprios currículos. Uma das possibilidades, ainda em discussão entre os estados, é que possam definir, de acordo com a realidade de cada local, outras ênfases de formação.

“Acreditamos que os cinco [itinerários] que estão propostos são importantes. Mas por que não ter a possibilidade de construir algo ainda diferenciado? Já que existe a visão de flexibilidade, pode-se pensar em algo que possa atender os estados. Por exemplo, em alguns estados, o aspecto cultural é muito forte, no Nordeste temos isso muito arraigado. Por que não ter algumas linhas de itinerário formativo cultural?”, diz.

O secretário diz ainda que essa mudança estrutural não será algo simples e que os estados precisarão de tempo. “Acho que precisa deixar mais claro [na MP], que as redes estaduais vão ter mais autonomia para estabelecer o seu planejamento de implantação ao longo dos anos. Isso não é um processo, envolve investimento, envolve mudanças em toda uma cultura.”

Segundo ele, havia um entendimento de que com a conclusão da Base Nacional Curricular, esse modelo já estaria disponível em 2018. “Nossa expectativa é que o texto venha prevendo um planejamento da implantação ao longo dos anos, porque não é da noite para o dia que se faz uma mudança desse porte.”

Relator

Presente na reunião do Consed, que ocorreu até a última sexta-feira (25), em Brasília, o relator da MP na comissão mista que analisa a medida, senador Pedro Chaves (PSC-MS), disse que pretende estender a duração do fomento do MEC aos estados por dez anos. O anúncio foi bem visto pelos secretários.

Outra alteração que o senador deve fazer na MP é propor a prorrogação da jornada para 5 horas por dia já a partir de 2018 para todos os estados. Segundo Amâncio, um prazo mais factível seria que isso pudesse ser feito até 2022.

O senador deverá apresentar o relatório com as alterações na próxima quarta-feira (30). O relatório deverá ser discutido e votado na comissão mista que analisa a medida, onde poderá sofrer alterações. O documento deverá passar ainda pelos plenários da Câmara e do Senado. O prazo para que todo o processo seja concluído é março de 2017.



Palmeiras conquista o Brasileirão e encerra jejum após 22 anos

Depois de 22 anos ou cerca de oito mil dias de espera, o Palmeiras se sagrou novamente campeão brasileiro neste domingo, quando festejou o seu nono título da principal competição do País. A geração de Gabriel Jesus e Dudu conseguiu unir as duas pontas da história – 15 de dezembro de 1994, data do último título, e 27 de novembro de 2016, a conquista atual – com a vitória sobre a Chapecoense por 1 a 0 no Allianz Parque. A partida marcou o recorde de público na história do estádio, incluindo o antigo Palestra Itália. A marca de 40.986 espectadores superou os 40.283 pagantes de 1976.

A partida foi a despedida do atacante Gabriel Jesus do Allianz Parque e provavelmente do clube que o revelou. No mês de janeiro o atacante se transfere para o Manchester City. O camisa 33 tentou encerrar o jejum de gols na arena, que dura desde setembro, mas não conseguiu.

O jogo deste domingo foi, na verdade, uma contagem regressiva até o título palmeirense. Dono do melhor ataque e da melhor defesa, a equipe fez uma campanha regular e constante, chegando à penúltima rodada do Campeonato Brasileiro precisando apenas um ponto diante da Chapecoense. Além disso, o rival utilizou uma equipe reserva para poupar titulares para a final da Copa Sul-Americana – o primeiro jogo é quarta-feira, na Colômbia, diante do Atlético Nacional.

Esse cenário ficou ainda mais favorável quando o Santos, única equipe com chances de ameaçar matematicamente o título do Palmeiras, começou perdendo para o Flamengo. A torcida comemorou bastante o gol do time carioca no Maracanã, que foi anunciado pelo locutor do Allianz Parque com a frase “Cheirinho no ar”.

Foi leve ironia para os torcedores do Flamengo que utilizaram a expressão “cheirinho de título” para mostrar semelhanças entre o Brasileirão deste ano e o de 2009, vencido pelo Flamengo depois de ultrapassar o Palmeiras nas rodadas finais. O Flamengo, no entanto, chegou à 37ª rodada sem chances de título. Com essa combinação de resultados, o Palmeiras garantiria o título mesmo perdendo em casa.

A equipe, no entanto, demorou para dominar a partida. O técnico Cuca escolheu Edu Dracena como substituto do zagueiro Mina, que não se recuperou de uma lesão muscular na coxa esquerda. Na lateral, Fabiano foi escolhido e Jean acabou deslocado para o meio. O problema era a boa marcação do rival, que anulava a movimentação de Dudu e Gabriel Jesus. A melhor chance no início do jogo foi da Chapecoense, quando Sergio Manoel cabeceou para o chão e a bola passou raspando. O rival conseguia articular boas jogadas ofensivas porque o meia Cléber Santana tinha espaço para jogar.

Empurrado por mais de 40 mil torcedores, o Palmeiras começou a transformar a posse de bola e a maior categoria do elenco em superioridade no placar. O primeiro gol teve a participação direta do técnico em uma cobrança de falta bem ensaiada. Aos 25 minutos, o lateral Fabiano abriu o placar após cobrança de Zé Roberto, furada de Moisés e toque de letra de Gabriel Jesus. Ele deu um belo toque por cobertura usando a perna direita quando deveria ter usado a direita. Um belo gol.

A vantagem marcou o início da festa definitivamente. O Palmeiras conseguiu acertar a marcação em Cléber Santana e tomou conta da partida. Quatro minutos, Gabriel Jesus quase encerrou o jejum no Allianz Parque que já dura desde setembro. Ele driblou o zagueiro e chutou rasteiro, mas a bola passou raspando. Ele ainda teve outra chance aos 43 do segundo tempo, quando foi lançado por Moisés. A finalização, no entanto, foi em cima do goleiro. No final do primeiro, o Palmeiras somava 13 finalizações contra três da Chapecoense.

O cenário não se modificou no segundo tempo. Com qualidade na troca de passes, a equipe criou boas chances, mas não conseguiu ampliar. Gabriel Jesus e Dudu sempre levaram vantagem sobre os zagueiros, mas pecaram na finalização. Antes dos 30 minutos, a torcida começou a entoar inúmeros cânticos para celebrar o fim do jejum. “Está chegando a hora” e “Festa no chiqueiro” tomaram conta das arquibancadas, que deixaram o jogo em segundo plano. Os gritos de “É campeão” surgiram por volta dos 37 minutos. O técnico Cuca foi saudado como um dos grandes protagonistas do título.

Assim que o sistema de som anunciou o segundo gol do Flamengo diante do Santos, o treinador chamou o goleiro Fernando Prass para entrar em campo após um longo período de recuperação após ser submetido a uma cirurgia no cotovelo direito. Ele se contundiu na preparação para os Jogos Olímpicos. Jaílson foi abraçado por todos os jogadores e Prass terminou a campanha do título em campo. Palmeiras campeão após 22 anos!

Na última rodada, o Palmeiras apenas cumprirá tabela contra o Vitória, no próximo domingo, às 17 horas, em Salvador, enquanto no mesmo dia e horário a Chapecoense fechará a sua campanha diante do Atlético-MG, em Chapecó.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 1 X 0 CHAPECOENSE

PALMEIRAS – Jaílson (Fernando Prass); Fabiano (Gabriel), Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê (Thiago Santos), Jean e Moisés; Róger Guedes, Dudu e Gabriel Jesus. Técnico: Cuca.

CHAPECOENSE – Danilo; Gimenez, Marcelo, Filipe Machado e Alan Ruschel; Matheus Biteco, Sérgio Manoel, Cléber Santana (Gil) e Thiaguinho (Aílton Canela); Bruno Rangel (Kempes) e Lucas Gomes. Técnico: Caio Junior.

GOL – Fabiano, aos 25 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Anderson Daronco (Fifa/RS).

CARTÕES AMARELOS – Bruno Rangel, Marcelo e Fabiano.

PÚBLICO – 40.986 presentes.

RENDA – R$ 4.171.317,26.

LOCAL – Allianz Parque, em São Paulo (SP).



CGE assina contrato para desenvolver o Sistema Público de Relacionamento com o Cidadão

A Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE) assinou o contrato de prestação de serviços e consultoria para o desenvolvimento do Sistema Público de Relacionamento com o Cidadão do Poder Executivo Estadual. O projeto, que será desenvolvido pela empresa Caiena Desenvolvimento de Software LTDA, interligará por meio de uma interface os Sistemas de Ouvidoria, Acesso à Informação e Transparência. A contratação da empresa foi realizada por meio de uma operação de crédito firmada entre o Governo do Estado do Ceará e o Banco Mundial, no âmbito do Programa para Resultados (PforR), e a previsão é que o projeto seja entregue em janeiro de 2018.

Para o secretário de Estado Chefe da CGE, Flávio Jucá, o projeto entregará um serviço mais completo e eficiente ao cidadão que busca participar da gestão pública e acompanhar as ações do Estado. "O Sistema Público de Relacionamento com o Cidadão é um dos dois grandes projetos que estão sendo desenvolvidos pela CGE com o apoio do Banco Mundial e que serão um verdadeiro divisor de águas para a instituição. Com ele, nós pretendemos em um só ambiente de interface, unir o Portal da Transparência do Estado, a Ouvidoria e o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), oferecendo um serviço de maior qualidade ao cidadão, através de uma linguagem fácil e acessível, e disponibilizando ainda serviços de cruzamento de dados, ambientes de discussão e acesso a redes sociais".

O serviço de consultoria que será oferecido pela empresa ganhadora da licitação compreende a revisão de plano de trabalho para desenvolvimento do Sistema Público de Relacionamento; projeto de desenvolvimento; soluções em ouvidoria, acesso à Informação e transparência: análise de testes de usabilidade, implementação, remodelagem de fluxo do negócio, arquitetura de informação, layout, Interfaces e mecanismos de consulta e visualização de informações e dados, bem como provisão de recursos de acessibilidade, recomendações; e, por fim, a transferência da tecnologia e de conhecimento: documentação do sistema, manuais e treinamento.

De acordo com o consultor do Banco Mundial, Uirá Porã, que esteve presente na reunião de contratação e é responsável por acompanhar o desenvolvimento do Sistema Público de Relacionamento com o Cidadão, o projeto se coloca como uma oportunidade para desenvolver políticas digitais no Estado e em outros países.

"O projeto tem sido acompanhado desde do início pelo Banco Mundial, principalmente por meio da implementação de conceitos e práticas que o banco conheceu em outros países. Nós ficamos muito satisfeitos em ver a capacidade da Coordenadoria de Fomento ao Controle Social da CGE de transformar tudo o que sugerimos, em um termo de referência, que também foi muito bem transformado em projeto pela empresa vencedora da licitação. Isso é algo que merece visibilidade, pois apresenta a necessidade e a capacidade do Estado de pensar e desenvolver políticas digitais, que vão além de meras políticas de participação, comunicação ou tecnologias", destacou.

Ainda segundo Uirá Porã, o desenvolvimento do Sistema Público de Relacionamento com o Cidadão também ajudará o Banco Mundial a projetar novas operações. "O projeto também se coloca de forma muito importante no âmbito do PforR, pois o Banco Mundial está acompanhando e tirando dele algumas lições, inclusive do processo de contratação, para levar para outros projetos de tecnologia do próprio PforR e de outras operações que o Banco possa desenvolver".


Sistema Público de Relacionamento com o Cidadão

O projeto nasceu da necessidade de tornar mais a abrangente, clara, rápida e eficiente a relação do cidadão com o Governo do Estado, por meio da Ouvidoria, do Acesso à Informação (Serviço de Informações ao Cidadão) e do Portal da Transparência, aumentando a satisfação do usuário e promovendo uma participação social mais ampla e efetiva.



CEREST de Juazeiro do Norte tem nova coordenadora

Empossada na manhã desta sexta-feira a nova coordenadora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Juazeiro do Norte. Sílvia Paula Soares Rodrigues foi nomeada pelo prefeito Luiz Ivan Bezerra e assumiu o cargo em lugar de Nildene Cartaxo perante os funcionários do centro numa solenidade simples. Ela tratou de pedir o apoio de todos na sua missão à frente do órgão.

Garantiu ainda que vai procurar ampliar o trabalho do CEREST na promoção de ações que resultem em melhorias nas condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador caririense por meio da prevenção e vigilância. Um dos passos é a mais completa integração com a rede de serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), assim como suas vigilâncias e gestão, na incorporação da Saúde do Trabalhador em sua atuação rotineira. 



Governador lança programa de R$ 1,9 bilhão em obras de infraestrutura rodoviária do Estado

A iniciativa integrará todas as obras de infraestrutura rodoviária do Estado, desde 2015. Em números globais, o investimento é de R$ 1.917.247.180,73, levando melhorias para 2.063,31 km, entre obras de restauração, pavimentação e duplicação.

Promover a integração dos municípios e requalificar a malha viária, promovendo deslocamento mais seguro, beneficiando os negócios na indústria e no comércio, facilitando o escoamento agrícola e impulsionando a economia do Estado. Essa é a proposta do "Ceará de Ponta a Ponta:  O Programa de Logística e Estradas do Ceará", lançado na manhã desta sexta-feira (25) pelo governador Camilo Santana, no Palácio da Abolição. A iniciativa integrará todas as obras de infraestrutura rodoviária do Estado, desde 2015. Em números globais, o investimento é de R$ 1.917.247.180,73, levando melhorias para 2.063,31 km, entre obras de restauração, pavimentação e duplicação.

O governador destacou a importância da integração de todos os setores para a realização de investimentos desse porte. "Estamos analisando quais são as estradas que precisam de melhorias com urgência. Ainda no primeiro semestre de 2017 vamos anunciar um novo pacote que vai melhorar o transporte, beneficiar o trabalhador, o agronegócio através do escoamento da produção. Em um momento delicado como o que vivemos, não podemos pensar só em reduzir gastos, que é algo necessário, mas precisamos investir em obras. Esse é um apelo meu e de outros governadores junto à União, para movimentar a economia e gerar emprego. Precisamos unir os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, o setor construtivo. Esse é um momento em que o Ceará faz um grande esforço, não só com estradas, pois fomos o terceiro estado do país com mais investimentos no ano passado", disse.

Durante a solenidade, que contou com vários prefeitos dos municípios que serão beneficiados, o chefe do Executivo assinou ordem de serviço autorizando obras em 415,88 km de estradas, com investimentos de R$ 326.600.675,46. A previsão é que, até o primeiro semestre de 2017, mais obras sejam iniciadas, totalizando 622,37 km, em 23 novas estradas, com investimento total previsto para essa etapa de R$ 647.192.290,16, recursos do Tesouro do Estado e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Na ocasião, Camilo Santana apresentou um cronograma das obras de infraestrutura rodoviárias realizadas no Estado que integram o "Ceará de Ponta a Ponta: O Programa de Logística e Estradas do Ceará". Em 2015, foram entregues 454,10 km, em 17 estradas, com investimento de R$ 272.630.054,44. No ano de 2016, foram inaugurados 465,29 km, em 14 novas estradas, investimento de R$ 459.392.993,15. Entre as obras já inauguradas em 2016 e as que estão em andamento, com previsão de entrega para 2017, são 1.143,93 km, sendo 41 novas estradas, investimento de R$ 1.185.224.133,14.

O secretário da Infraestrutura, André Facó, destaca que os trabalhos visam a melhorias pelas próximas décadas. "Falar de estrada é um assunto que sempre gera interesse, seja para mobilidade, para comércio,  e hoje o Ceará vem consolidando um trabalho que vem sendo realizado a longo prazo para beneficiar o maior número possível de pessoas. Para se ter ideia, os planos visam aos próximos 20 anos, onde agora estaremos colocando quais são as obras prioritárias nas estradas que já começarão a ser realizadas, e iremos captar os recursos de R$ 8 bilhões ao longo desse tempo. Esse é o primeiro pacote de muitos, com organização,  desenvolvimento, informação, visando à população e à estabilidade econômica do Estado", disse.

De acordo com o diretor de Estudos Econômicos do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Adriano Sarquis, o investimento na infraestrutura rodoviária do Estado resultará na redução do tempo de deslocamento, dos custos de transporte, assim como na maior segurança dos usuários. "Essa iniciativa do Governo do Ceará parte da percepção de que a melhor qualidade da malha rodoviária tende a contribuir com o desenvolvimento das atividades econômicas e com o crescimento das regiões. Além dos custos de operação caírem significativamente, a melhoria da infraestrutura rodoviária vai aproximar as regiões, ampliando-se, assim, a oferta de serviços à população, tais como saúde, educação, além de opções de compras, lazer e entretenimento", disse.


Obras importantes

Entre as obras autorizadas nesta sexta-feira (25) estão: a duplicação da CE-040 (Beberibe - Paripueiras), que impulsionará o turismo do Litoral Leste e facilitará o acesso ao Aeroporto de Aracati; da CE-155 (Porto do Pecém – entr. BR-222), voltada para atender o fluxo da produção do Porto do Pecém.



Trechos beneficiados nesta etapa

Duplicação
CE-040 (Beberibe-Paripueira) - 32 KM
CE-155 (Porto do Pecém - Entrada da BR-222) - 20,10 KM

Pavimentação
CE-232 (Santana do Acaraú - Ipaguaçu) - 13,30 KM
CE-284 (Umarizeira – Cariús) - 21,18 KM

Restauração
CE-329 (Varjota - Ipú) - 28,60 KM
CE-371 (Milhã – Deputado Irapuan Pinheiro) - 35,40 KM
CE-176 (Olho D'Água do Pajé – Santa Quitéria) - 38,60 KM
CE-375 (Iguatu – Jucás) - 30,80 KM
CE-284 (Jucás – Saboeiro) -48,50 KM
CE-187 (Ipueiras – Sucesso) - 59 KM
CE-292 (Crato – Nova Olinda com acesso a Santa Fé) - 58 KM.
CE-284 (Umarizeira – Cedro) - 30,40 KM










A Iniciativa Comunitária de Bela Vista: Um Diálogo com a Liderança.

Em uma demonstração de engajamento cívico e colaboração comunitária, a associação de moradores do bairro Bela Vista, na cidade de Barbalha, ...