02 outubro, 2012

TERÇA NO BAIRRO ACONTECE NESTA TERÇA NO PSF DO BAIRRO DO ROSÁRIO


Assessoria de Imprensa


  O Projeto Terça no Bairro é um projeto da Secretaria Municipal de Saúde que através da Prefeitura de Barbalha, vem descentralizando os serviços da saúde pública para todo o município, beneficiando assim, a população barbalhense.
Todas as terças-feiras a secretaria de Saúde leva seus profissionais as comunidades, proporcionando os mais diversos serviços da área como: Consultas com médicos especialistas em Ortopedia, Pediatria, Ginecologia e clínico em geral, além do atendimento psicológico, aferição de pressão arterial, teste de glicemia, marcação de consultas e exames.
E nesta terça-feira dia 24, o Projeto Terça no Bairro estará acontecendo no PSF do bairro do Rosário, a partir das 08h00min horas. 

Galeria de Fotos



DEMUTRAN PROMOVE BLITZ EDUCATIVAS EM BARBALHA


Assessoria de Imprensa


   Na semana que comemorou a Semana nacional do Trânsito, o Departamento Municipal de Trânsito promoveu blitz educativa na entrada da cidade de Barbalha, levando à boa comunicação concernente a educação no trânsito. As orientações educativas que dizem respeito o bom desenvolvimento nas ruas de Barbalha.
Na blitz o Diretor do DEMUTRAN Edmilson Rocha chamou atenção para o bom comportamento, a educação e as leis do trânsito que devem ser cumpridas pelos condutores de veículos e motos pelas ruas e avenidas da cidade.
Uma cidade educada tem um trânsito educado, esse é o propósito que o DEMUTRAN quer que aconteça em toda Barbalha.
Na blitz, os agentes do Departamento Municipal de Trânsito orientaram os motoristas e condutores de motos, em relação a prudência, a calma e o respeito que todos devem ter no trânsito, respeitando o pedestre nas vias públicas.
O intuito é alertar sobre o fato de que acidente no trânsito é a terceira principal causa de morbimortalidade no mundo provocada por causa externa e a principal causa de morte prematura, ou seja, entre 15 e 30 anos de idade. 
O Tema da Semana Nacional de Trânsito este ano foi: “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Não exceda a Velocidade, Preserve a Vida”. 
O Departamento Municipal de Trânsito – DEMUTRAN por determinação do Diretor Edmilson Rocha, ainda esta semana serão desenvolvidas palestras educativas nas escolas do município barbalhense. 
 

Galeria de Fotos



STDS PARABENIZA AOS IDOSOS DE BARBALHA


Assessoria de Imprensa


    O Dia 01 de Setembro se comemora o dia do Idoso e, é com essa intenção que, os profissionais da STDS de Barbalha, lembra está data tão especial: Foi em 1999 que o dia do Idoso foi estabelecido pela Comissão de Educação do Senado Federal e serve para refletir a respeito da situação dos nossos irmãos idosos em todo Brasil, principalmente em nossa cidade, seus direitos e dificuldades. A população mundial está ficando mais velha e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por volta de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta terra.   Reflita, observe bem os nossos idosos!
A secretária interina da Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social do município STDS Terezinha Lizier, vem por meio deste comunicado, parabenizar a população idosa barbalhense. Sabemos hoje, mediante dados do último senso 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE que, a população barbalhense esta estimada em mais de 55 mil habitantes, destas, mais de 10% são pessoas idosas.
A preocupação da Assistência Social local, também esta voltada para esta faixa etária onde desenvolve suas atividades por meio dos grupos de convivência dos 02 Centros de Referência da Assistência Social – CRAS; o CRAS Malvinas e o CRAS Santo Antônio. No atendimento aos idosos em situação de negligência e, demais violação de direitos atendidos pela equipe do Centro de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS e por meio dos demais programas, serviços e benefícios sociais destinados aos munícipes e em particular aos grupos da melhor idade.
Sabemos do desafio em atender a todos os cidadãos e cidadãs barbalhenses, mais estamos assumindo a cada dia, o compromisso de fazer vale os direitos já conquistados por nós, enquanto cidadãos e em particular, a população idosa, segmento ora discriminada, ora excluída.
Hoje a demanda é de 5.000 mil Idosos que fazem parte de convivência no CRAS Santo Antônio. E neste mês em que se comemora o dia do Idoso, os idosos que fazem parte do CRAS Santo Antônio irão participar de palestras, momentos educativos e de reflexão, momentos lúdico, dinâmica e outras variadas atividades. Esta programação acontece no período da tarde, a partir das 14 horas.
O evento contará com a participação dos técnicos e profissionais da STDS.

Pastoral Carcerária lembra 20 anos do massacre do Carandiru



  Para relembrar o Massacre do Carandiru, que completa 20 anos nesta terça-feira, 2 de outubro, a Pastoral Carcerária e movimentos sociais vão fazer um ato na Praça da Sé, a partir das 15h, no centro da capital paulista. Leia a denúncia das lideranças e a recordação de um dos mais graves crimes contra a população brasileira.
O primeiro ato, ecumênico, terá início na Catedral da Sé. Cerca de uma hora depois, na Praça da Sé, acontece um ato político-cultural.
No dia 2 de outubro de 1992, policiais invadiram o presídio do Carandiru durante uma rebelião e mataram, com uso de metralhadoras, fuzis e pistolas, ao menos 111 presidiários. Até hoje, ninguém foi responsabilizado pelos crimes.
“O ato não é apenas um resgate da memória dos 20 anos do Carandiru, uma situação clara de que não esquecemos e não esqueceremos jamais do que aconteceu, mas é também uma denúncia pública sobre todas essas políticas de massacre das populações periféricas, pretas e pobres, que ainda acontece nos dias de hoje”, disse Rodolfo Valente, advogado da Pastoral Carcerária em São Paulo e integrante da Rede 2 de Outubro.
A denúncia, segundo Valente, não é só do Massacre do Carandiru. “É também uma denúncia ao massacre dos Crimes de Maio, ao Massacre de Eldorado do Carajás”, disse.
Nos ataques comandados pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) de 2006, que ficaram conhecidos como Crimes de Maio e que ocorreram entre os dias 12 e 20 de maio daquele ano, 493 pessoas foram mortas, entre elas, 43 agentes públicos. Um estudo feito pela organização não governamental (ONG) Justiça Global, divulgado no ano passado, apontou que, em 71 desses casos, houve fortes indícios do envolvimento de policiais que integram grupos de extermínio.
Já em Eldorado dos Carajás, no Pará, a ação da Polícia Militar causou a morte de 21 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Dezenove sem-terra morreram no local e dois a caminho do hospital. As mortes ocorreram durante o confronto com a polícia no quilômetro 96 da Rodovia PA-150, na chamada Curva do S.
No sábado (6), os movimentos sociais também pretendem fazer uma caminhada cultural, marcada para ocorrer no Parque da Juventude, onde antes estava instalado o Complexo Penitenciário do Carandiru.

28 setembro, 2012

Festa do padroeiro na comunidade de São Francisco



A comunidade de São Francisco, no bairro Tiradentes, está realizando a festa de seu padroeiro, São Francisco das Chagas.  A festa, que tem como tema central: Contemplando São Francisco, vida modelada pela palavra, somos chamados a entrar no mistério da fé, iniciou-se hoje, dia 24, e prosseguirá até o dia 04 de outubro. Além de novena e celebração que acontecem todas as noites, haverá também a parte social da festa com as quermesses.

Segue abaixo a programação da festa:

 


24/09 – Novena ,celebração e hasteamento da bandeira
TEMA: Contemplando São Francisco, vida modelada pela palavra, somos chamados a entrar no mistério da fé
Responsáveis:Todos os moradores da comunidade São Francisco, COMIPA, Pastoral do Dízimo e comunidades Matriz do Menino Jesus de Praga e N. Sra. do Rosário.
Noitários: Sr. Gonçalo e D. Aparecida
25/09 – Novena e celebração
SUBTEMA: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.(Lc 8,21)
Responsáveis: Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Saúde e comunidades N. Sra. Aparecida e Pedra de Fogo.
Noitários: Sr. Inácio e D. Teca

26/09 – Novena e celebração
SUBTEMA: Enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos (Lc 9,1)
Responsáveis: Pastoral do Batismo, Pastoral da Criança, Catequese de 1ª Eucaristia, Grupo de Oração Deus da Vitória e comunidade São Pedro Apóstolo.
Noitários: Alexandre e Vânia

27/09 – Novena e celebração
SUBTEMA: “Quem é esse homem sobre quem ouço falar essas coisas? ” E procurava ver Jesus.(Lc 9,9)
Responsáveis: Grupo de Oração Mariano Pentecostes, Terço com os homens, Terço da misericórdia e comunidade Santo Expedito.
Noitários: Família de D. Socorro Estevão

28/09 - Novena e celebração
SUBTEMA: “Tu és o Cristo de Deus.”(Lc 9,20)
Responsáveis: MECE, Pastoral dos coroinhas, Pastoral litúrgica e comunidade São Sebastião.
Noitários: Daniel e Lurdinha

29/09 - Novena e celebração
SUBTEMA: Quem nã é contra nós é a nosso favor.(Lc 9,40)
Responsáveis: Pastoral vocacional, Apostolado da oração, Pastoral da Acolhida, Pastoral da Educação e comunidade São João Batista.
Noitários: Família de Maria Helena

30/09 – Não haverá novena nem celebração em virtude da comemoração dos 50 anos de vida sacerdotal do nosso pároco Mons. José Alves de Oliveira.

01/10 - Novena e celebração
SUBTEMA: Aquele que entre vós for o menor, esse é o maior.(Lc 9,48)
Responsáveis: Devocionário de Sta. Teresinha, Pastoral do Bom Samaritano, ECC, Apostolado da Mãe Rainha e comunidade N. Sra. Auxiliadora.
Noitários: José e Cleide


02/10 - Novena e celebração
SUBTEMA: Ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém. (Lc 9,51)
Responsáveis: Pastoral da Juventude, Pastoral da Crisma e comunidade Sagrado Coração de Jesus.
Noitários: Sr. Antônio e D. Francisca

03/10-Novena e celebração
SUBTEMA: Eu te seguirei aonde quer que fores.(Lc 9,57)
Responsáveis: Comunidade Sal da Terra, Vicentinos, Legião de Maria e comunidade N. Sra dos Milagres.
Noitários: Sr. João e Ivanira

04/10 – Procissão por algumas ruas da comunidade. Logo após, celebração da Santa Missa.

Festa do padroeiro na comunidade de Nossa Senhora do Rosário



A Comunidade de Nossa Senhora do Rosário, Brejo Seco, esta realizando a festa do seu padroeiro, Nossa Senhora do Rosário. A festa possui o seguinte tema: “A mãe do Rosário, discípula e missionária na vida do povo, aceitou pela fé, o Deus que se fez presente na história do seu povo.” Iniciou-se hoje, dia 27, e seguirá até o dia 07 de outubro. Além de novena e celebração, que acontecem todas as noites, haverá também a parte social da festa com as quermesses.





Segue abaixo a programação da festa:




Dia 27/09 - Quinta-feira.
19h00min  Andor sairá da casa de Bodão & Luzanir
19h30min  Celebração Eucaristica – Mons. José Alves.
20h30min  Hasteamento da Bandeira.
Animação  Cicero e Zete.

Dia 28/09 – Sexta - feira.
Pelas mãos da senhora do Rosário encontramos Jesus.
19h00min Terço e novena.
19h30min  Celebração da palavra
Celebrante  Min. Chagas
Animação  Sal da Terra.
Noitário  Luiz & Iracema.
Responsável  Comunidades: Nossa Sra. Aparecida (Pintado), Nossa Sra. Auxiliadora, Santo Antônio, Santo Expedito (Gaviãozinho).

Dia 29/09 - Sábado.
Maria: Mãos que educam – Deus nos educa em seu amor.
18h00min  Terço e novena.
18h30min  Celebração da palavra
19h30min  Casamentos comunitario
Celebrante  Diácono Ronaldo
Animação  Bambam e Neidinha
Noitário  Eunice e Zé Cazuza
Responsável  Comunidades: Santo Expedito, São Sebastião e São João Batista.

Dia 30/09 – Domingo.
“Maria: Mãos que abençoa – A benção sempre nos deixa impressionados, pois é DEUS quem nos abençoa.”
17h00min  Missa em homenagem ao jubileu de ouro de Mons. José lves de Oliveira – No parque ecologico das Timbaubas.
Noitário  Bibi e Wilma

Dia 01/10 – Segunda-feira.
“Maria: Mãos solidárias – Solidariedade e sinônimo de amor cristão.”
19h00min  Terço e novena.
19h30min  Celebração da palavra
Celebrante  Mins. Franklin & Estela
Animação  Reginaldo e Marlene
Noitário  José e Antônia.
Responsável  Comunidade: Matriz Menino Jesus de Praga e Nossa Senhora dos Milagres.

Dia 02/10 – Terça-feira.
“Maria: Mãos que rezam – Mãos que rezam são aqueles que compreendem os sinais de DEUS.”
19h00min  Terço e novena.
19h30min  Celebração da palavra
Celebrante  Diácono Paulo
Animação  Zé Roberto
Noitário  Joaquim e Maria
Responsável Comunidade: Sagrado Coração de Jesus.

Dia 03/10 – Quarta-feira.
“Maria: Mãos prestativas – Deus nos acolhe todos os dias em seu   amor misericordioso.”
19h00min  Terço e novena.
19h30min  Celebração Eucaristica
Celebrante  Padre Leonardo
Animação  JUBS
Noitário  Antônio e Micaele
Responsável  Comunidade: Senhor do Bonfim

Dia 04/10 – Quinta-feira.
“Maria: Mãos que oferecem – A mão generosa se estendeu para repartir o pão.”
19h00min  Terço e novena.
19h30min  Celebração da palavra
Celebrante  Min. Vivaldo
Animação  Isabelle e Maxsuel
Noitário  Raimundo e Rita
Responsável  Comunidade: São Bento

Dia 05/10 – Sexta-feira.
“Maria: Mãos pacificadoras – A paz é fruto da justiça.”
19h00min  Terço e novena.
19h30min  Celebração Eucaristica, 1ª Eucaristia e Consagração.
Celebrante  Padre Aureliano
Animação  Cicero e Zete
Noitário  Joana e Damião
Responsável  Comunidade: São Francisco

Dia 06/10 – Sábado.
“Maria: Mãos protetoras – Deus estende as mãos sobre o universo e nos protege.”
19h00min Terço e novena.
19h30min  Celebração da Palavra
Celebrante   Diácono Ronaldo
Animação  Nova Órbita
Noitário → Cicera Gilvanir
Responsável  Comunidade: São Pedro Apóstolo.

Dia 07/10 – Domingo
“Enceramento.”
19h00min  Procissão saindo da casa de Julhierme e Preta
19h30min  Celebração Eucaristica –Mons. José Alves.
Animação  Avanír e Valmir

Entrevista com o Monsenhor José Alves de Oliveira



“QUEM NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER”
No último dia 23 foi realizada entrevista com monsenhor José Alves de Oliveira, homem de grande influência da cidade de Juazeiro do Norte, em comemoração ao jubileu de ouro de sacerdócio, tendo como lema “Quem não vive para servir, não serve para viver”.


INFÂNCIA
Não sei se já lhe fizeram essas perguntas, mas creio que muita gente tem a curiosidade de saber.
Como era a vida da criança José Alves de Oliveira?
Como qualquer criança comum, brincando no sítio. Em contato com a natureza, os animais, passarinhos.


O que fazia durante o dia? De que brincava?
Pião, pescar... O futebol mais no seminário. Brincar de bola de gude, a bila.

Como era seu desempenho na escola?
Modéstia parte foi muito bom, sempre fui um bom aluno. Tirava notas boas, os professores gostavam muito de mim, e eu dos colegas, muito agradável.

O que o senhor guarda de lembranças daquele tempo de criança?
Lembranças... Eu gostava muito do gado da fazenda do meu pai.

ADOLESCÊNCIA
O período da adolescência é marcado por mudanças, embora os jovens de hoje tenham atitudes diferentes dos adolescentes da sua época, como foi a sua adolescência?
Adolescência muito bonita porque eu passei no seminário.

Teve que trabalhar em roça?
Não foi bem trabalhar na roça, foi mais como esporte.

Em que ocupava a maior parte de seu tempo?
Meu pai tinha uma sapataria e eu ajudava os sapateiros a organizar os sapatos.

Com quantos anos o senhor sentiu o despertar da vocação sacerdotal?
Com 12 anos, eu estava entrando para o seminário. Passou um padre lá em casa que sempre pedia ajuda para o seminário, e perguntou se eu queria ser padre, e eu senti o despertar da  minha vocação. Depois foi um padre do seminário para a minha terra, Quitaiús.

Quem foi sua inspiração?
Padre Argemiro Rolim de Oliveira, um parente meu, um homem muito religioso, um homem santo, um homem de Deus. Me perguntou se eu queria ser padre, na hora fiquei com vergonha e não respondi. Depois eu fui refletir o chamado dele e falei para meu pai que queria ir para o seminário.

O que o senhor guarda de lembranças daquele tempo de adolescência?
Passeios do seminário, sempre teve dificuldade da água no Crato, nós íamos tomar banho na fonte do Granjeiro. Mas para sair tínhamos que tirar notas boas e ter bom comportamento dentro do seminário para poder ganhar o passeio, se não ficava de castigo.

Hoje sabemos que muitos pais sentem um choque quando um filho ou uma filha se diz chamado para a vida sacerdotal ou religiosa, na época qual foi a atitude do pai e da mãe do senhor?
Foi de muita aceitação, na época eu tinha umas vaquinhas, e eu disse para meu pai que queria ir para o seminário, mas ele me disse que a despesa era muito grande, então eu falei para ele vender minhas vacas e ele não se opôs, pelo contrário, ele as vendeu e pagou meu primeiro ano no seminário. Eu tirei o 1º lugar no quarto ano primário e a partir daí o reitor me premiou com uma bolsa de estudo até o final.
 

CAMINHADA SACERDOTAL
Como foi sua chegada ao seminário? Qual foi sua primeira impressão?
Expectativa. Chegar em um lugar que não conhecia. Nós tínhamos padrinhos, meu padrinho era um primo meu, Alexandrino, ele cuidou de mim, me zelava, ia para as filas que tinham no seminário. Tive aquela expectativa de cumprir com as normas do seminário, cuidado para não errar nada. Eu entrei no seminário do dia 15 de fevereiro 1948.

O que mais o chamou atenção no seminário?
Tanta coisa, mas de modo especial as orações, que era de manhã cedo. Tinha que despertar para tirar a preguiça. Eu achava interessante a meditação e leitura feita acerca do santo do dia.

Qual o professor que o senhor mais admirava?
Quase todos, mas o Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira, que era o reitor, eu o admirava muito. O padre Ágio Moreira, que era professor de música. Padre Davi, que era irmão do padre Ágio, que era o professor de química e física.

Dos muitos colegas do seminário, qual o que o senhor tinha mais aproximação? Ele foi ordenado?
Eu sempre tive uma amizade geral com todo mundo, mas eu tive um amigo muito bom, o João Rocha, de Barbalha, que não se ordenou. Em certa altura ele deixou o seminário e foi para o Rio de janeiro. Outro amigo bem próximo foi o Humberto Cabral, que hoje ele é locutor na rádio educadora. Nós éramos duzentos e cinquenta seminaristas e no final ficaram apenas cinco.

Como foi seu percurso cronológico no seminário?
Um percurso normal de estudos tinha as férias, o reitor mandava uma carta, um documento, que era entregue ao pároco, de comportamento, e depois devolvia para o reitor, sigiloso, que contava como nós tínhamos passado as férias. Foram quinze anos, oito anos no seminário de Crato e sete no de Fortaleza (três de filosofia e quatro de teologia).

O que o senhor guarda de lembranças daquele tempo no seminário?
A festa de São José em Barbalha era muito bonita. Em Fortaleza a lembrança das praias, quem se comportasse tinha direito a ir tomar banho de mar.

Com quantos anos o senhor se ordenou?
Vinte e seis anos.

Quem foi o Bispo que ministrou sua ordenação?
Dom Vicente de Araújo Matos. Fui ordenado na minha terra, Quitaiús.

O que mais lhe emocionou no momento da ordenação?
Sempre um momento que nos falavam era a queda, a prostração, você nota que quando o padre cai vêm as lembranças. Estavam meu pai e minha mãe, que estava doente e se recuperou com a minha ordenação. Foi muito agradável, ela participou da missa.

Desejou ir para alguma paróquia no inicio? Qual? E por quê?
Não, eu sempre estava à disposição do bispo. Eu fui substituir meu vigário que estava muito cansado, lá em Quitaiús, Pe. Antônio de Alcântara. Depois fui nomeado para ser vigário em Juazeiro, vigário cooperador do Monsenhor Lima.

Onde foi sua primeira celebração?
Quitaiús, minha terra.

Qual foi a primeira paróquia que o senhor administrou?
Santo Antônio do Araripe. Tomei de conta também de Potengi e Campos Sales.

Quais foram seus primeiros projetos como pároco?
Criar um aspecto de pastoral, de família. Ter a paróquia como uma comunidade de irmãos. Em Araripe organizei o que hoje é chamado de infância missionária, naquele tempo chamado de cruzadinha. Eu fiz a festa da paróquia, e com o resultado deu para comprar o relógio para torre da igreja.

O que o senhor guarda como marca concreta nessa paróquia (a primeira)?
A aproximação do povo com a igreja. Naquela época o povo era bem afastado da igreja, o clima era frio, e as pessoas seguiam isso.

Antes da Paróquia do Menino Jesus de Praga, qual foi sua trajetória na Diocese de Crato e quais as dificuldades em cada uma?
Eu sempre fui um padre de não encontrar dificuldades, sempre foi agradável o trabalho. Tenho esse aspecto de abertura, compreensão. Eu nasci no concílio do Vaticano II, concílio de abertura. Minha mentalidade sempre foi muito aberta desde a época do seminário. Eu pertencia a JAC (Juventude Agrária Católica).

O senhor tem uma boa participação na Diocese de Crato, seja direta ou indiretamente enviando leigos preparados pelo senhor para desenvolver trabalhos pastorais e missionários:
Quais as atividades e em que ano o senhor colaborou diretamente na estruturação pastoral da Diocese?
Foi logo depois que me ordenei fui fazer um curso de liturgia, em São Paulo. Aí me preparei para orientar a liturgia da diocese e comecei a trabalhar em todas as paróquias. Ainda hoje a gente tem cantos que foram implantados no meu trabalho, como “O amor é um bem maior”. Foram os cantos trazidos e colocados nessa época.

A paróquia do Menino Jesus de Praga, é a menina dos seus olhos, o senhor foi o primeiro e até hoje é o único pároco.
Como foi sua vinda para cá?
Foi muito agradável. Eu estava sendo pároco em Mauriti, quando a comissão pediu ao bispo para me trazer pra cá. E foram me buscar com vários ônibus, carros, foi um negócio bonito. Dom Vicente era muito meu amigo, ele quem criou a paróquia do Novo Juazeiro para o padre José Alves.


O senhor lembra qual foi sua reação quando soube?
Foi de emoção, eu sou muito chorão. Eu chorei de emoção, fiquei muito feliz, graças a Deus. A resposta bonita do povo me querendo, e eu também querendo voltar para Juazeiro. Deram-me a casa paroquial.

Como imaginava que fosse a comunidade?
Eu achei que era como todas as outras comunidades, sempre gostei de trabalhar com o povo. Eram feitas reuniões com o grupo de leigos. Foi feita a implantação do Dízimo aqui na paróquia e serviu de exemplo para as demais. Eu sempre investi na paróquia, trouxe gente de fora, para a liturgia, teve a irmã Mirian, o Pe. José Campos de Freitas. Trouxe o arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito, vários músicos e liturgistas.

Como foram os trabalhos pastorais no inicio?
Muito agradável a resposta, muito boa.

Hoje o senhor sente que a sua missão pastoral aqui na paróquia e na Diocese como um todo foi muito bem cumprida?
Foi realmente realizada tanto para os leigos como para as vocações. Nós temos cinco padres da paróquia: temos o Pe. Lenilson, o Pe. Adalmiran, o Pe. Paulo Lemos, Pe. Aureliano e Pe. Arnaldo. Sendo que sou padrinho de crima de Pe. Paulo e Pe. Aureliano.

O senhor costuma dizer que tem três famílias: a Biológica, a Sacerdotal e a Comunidade. Na sua família biológica uma pessoa abdicou da vida dela para lhe servir, certamente que ela gostaria de estar conosco celebrando este grande momento, porém, é junto de Deus que ela assistirá alegremente a tudo. Estamos fala da querida Toinha.
Como foi quando ela teve a decisão de segui-lo para onde o senhor fosse?
Desde o tempo que eu decidi ir para o seminário ela me acompanhou. Ela era tão limpa que me deu um banho para ir para o seminário. Eu era menino ainda, com 12 anos, ela me preparou para o seminário. Minha roupa era quem fazia, fazia doces e bolos para que eu merendasse no seminário. Muito zelosa comigo. O sonho dela era ter uma casa. Uma pessoa altamente doada ao serviço. Também sou muito grato ao Raimundo que tem sido uma pessoa que cuida de mim. Com muito zelo, que renunciou a casamento para ficar junto como motorista, como um irmão, há 43 anos ele mora comigo.

Como era seu convívio com ela?
Convívio de fraternidade, de irmão para irmão. Ela me respeitava muito e eu também. E havia essa integração de amizade entre nós.

Ela o aconselhava?
Sim. Ela tinha maturidade, seu espírito era de maturidade. Ela me orientava.

O que mais o senhor guarda de lembranças dela?
Tudo pra mim é lembrança. Ontem mesmo eu estava olhando minha roupa, ela marcava minha roupa com três “x”, ou então meu nome, ela bordava muito bem.

Como era a vida de seus pais? Fale-nos um pouco de cada um deles.
Uma vida simples, de pessoas simples, do campo, na oração, no trabalho. Meu pai era muito amigo das pessoas, ele era negociante, ele tinha muitos afilhados. Minha mãe era uma santa, depois que ela faleceu meu pai ficou com vergonha de me dizer que estava namorando. Eu preparei os papeis e abençoei o segundo casamento de meu pai.

Duas outras pessoas que são consideradas da sua família é o Raimundo e Ceiça.
Conte-nos quando e como foi que eles também resolveram lhe seguir.
O Raimundo, há 43 anos, mora comigo. Ele é meu motorista e começou a trabalhar comigo muito novo. A Ceiça mora comigo há 30 anos, quando minha irmã morreu ela tomou de conta da casa. E Raimundo é meu economista, que faz as compras para mim.

Quantos e quais são seus irmãos?
Nós éramos oito irmãos. Mas já morreram quatro. Hoje eu tenho duas irmãs, a Santana e a Chiquinha, e meu irmão mais velho, que mora em São Paulo.

Com relação à sua família Sacerdotal, o que o senhor destaca? Quem o marcou mais?
Todos eles marcaram com um carinho especial. O Aureliano pra mim é sucesso, meu antigo coroinha. Todos foram muito bons e zelosos.

Quantos aos leigos aqui da paróquia, o que o senhor diz com relação às atividades desenvolvidas e a participação de modo geral?
Eu digo que fui premiado nessa paróquia com tantos leigos bons.

O senhor passou um período afastado para tratamento médico. Como foi passar esse tempo longe da paróquia?
Foi muito doloroso pra mim. Primeiro eu tive que me preparar para a cirurgia de ponte de safena. Eu fui pra Brasília e passei um ano lá. Embora estivesse com minha irmã, eu senti falta do meu povo.

Para finalizar, perguntamos: o senhor é um homem feliz e realizado?
Muito. Muito feliz e realizado. Um homem padre, realizado no meu sacerdócio e como pessoa humana.

A Reinauguração do C.E.I Monsenhor Murilo de Sá Barreto em Barbalha

A cidade de Barbalha, conhecida por sua rica cultura e tradições, está prestes a celebrar um momento significativo na área da educação. O se...