30 julho, 2015

Dia 7 de setembro é só o dia da Independência do Brasil

Para você, cidadão brasileiro, o 7 de setembro é só o Dia em que comemoramos a Independência do Brasil? Bom, para aqueles que fazem parte das Pastorais Sociais da Igreja Católica, este dia tem um significado que vai além: é o Dia do Grito dos Excluídos. O evento este ano traz como tema “A vida em primeiro lugar”, e lema “Que país é esse, que mata a gente, que a mídia mente e nos consome?”. Em preparação a esta realização, aconteceu hoje, 26, na Paróquia São Francisco das Chagas, em Juazeiro do Norte-CE, uma reunião com os coordenadores dos Ministérios da Caridade, Liturgia e Palavra das paróquias pertencente à Forania II.

O Grito dos Excluídos é celebrado anualmente desde 1995 e, em cada edição, traz um “grito” de acordo com as principais necessidades do povo. Diante da realidade atual e da influência midiática, o 21º Grito dos Excluídos refletirá sobre a manipulação ideológica das grandes mídias.
Até que ponto a mídia é vilã nesta história? Até que ponto nós, enquanto seres dotados de inteligência, a quem o criador deu o poder de dominar todas as coisas sobre a terra (Gn 1,26), não temos culpa por nos deixarmos manipular por tais informações?

Toda mídia defende interesses ideológicos, no caso das grandes emissoras, além disso, eles fazem da informação um meio de gerar lucro, resultado de um sistema capitalista. Mas nós temos a opção de verificar se a notícia publicada por elas realmente mostram a verdade dos fatos. Devemos sair do nosso comodismo e questionar se o que está sendo veiculado são informações que defendem interesses particulares, deixando de lado o que interessa ao povo. Questionar se o que vemos nos meios de comunicação de massa é realmente o nosso país. Esta é a causa defendida pelo Grito dos Excluídos 2015.
“Novelas, notícias que defendem o interesse burguês é o que vemos nas grandes emissoras. A mídia coloca o que quer e o que está sendo feito em nossas comunidades, como o espírito de solidariedade que tem as pessoas no bairro, projetos com relação a um trabalho de associação, a organização das pessoas em vida de missão, acaba sendo deixado de lado. É preciso tomar uma nova postura com relação aos meios de comunicação de massa”, disse o Coordenador Diocesano de Pastoral, Pe. Vileci Basílio Vidal.

O padre ainda falou que a igreja é comprometida com a construção de um novo país, por isso o dia 7 de setembro ganha um caráter que vai além da Independência do Brasil, mas a busca por uma independência do individuo diante das manipulações midiáticas. O Grito se torna, portanto, uma proposta de construção de um projeto popular do país, estando sintonizado com os movimentos sociais. “É uma proposta que faz com que a cada ano a sociedade se desperte com um tema, que é discutido, aprofundado, estudado e levado as ruas”, informou.
Na reunião foi decidido que o evento iniciará na Capela Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Triângulo, em Juazeiro do Norte, às 8h, de onde os cerca de 1.000 participantes que estão sendo aguardados, sairão em caminhada até o Marcado próximo a Paróquia São João Bosco. Os gritos serão feitos de acordo com as diversas realidades locais, em especial aquelas que dizem respeito a reivindicação de uma mídia ética, comprometida com a verdade na informação emitida, cobrando também mais educação, saúde, segurança ao poder público e a valorização da família na sociedade.








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