28 julho, 2015

Avanço inédito para tratamento de próstata é apresentado em Brasília

O Hospital Santa Lúcia, em Brasília, recebeu o urologista americano Gregg Eure, professor assistente da Eastern Virginia Medical School, para uma apresentação inédita de tratamento contra a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), considerada a doença mais comum da próstata e que atinge, atualmente, cerca de 15 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O evento contou com a participação de médicos urologistas do Grupo Santa e demais profissionais da área de saúde da capital federal.
O especialista americano veio ao país para treinar médicos no uso da nova tecnologia que promete vaporizar próstatas com hiperplasia benigna, por meio de laser, em um procedimento minimamente invasivo e sem cortes. Trata-se da terceira geração do equipamento conhecido como Green Light® XPS, que permite que a cirurgia seja realizada em menos tempo, com mais precisão, e em próstatas acima de 100g ? até então, o limite de tamanho para cirurgia a laser.
A hiperplasia benigna provoca o aumento da glândula da próstata, comprimindo a bexiga e obstruindo parcial ou totalmente a uretra, prejudicando o fluxo normal da urina. É uma doença silenciosa que tem alto impacto na qualidade de vida, podendo provocar infecção urinária e até obstrução total da uretra.
Segundo Gregg, o aumento da expectativa de vida tem levado a maior prevalência da HPB no mundo, uma vez que 90% dos homens acima de 90 anos sofre com a condição ? e apenas uma pequena parcela da população afetada procura tratamento médico. Entre os principais sintomas, estão o aumento de idas ao banheiro, dificuldade ou dor ao urinar e a sensação de que a bexiga não se esvazia.
Para ele, a falta de tratamento pode causar danos à bexiga levando a infecções urinárias, além da diminuição da qualidade de vida. “Os problemas miccionais interrompem as atividades diárias do pacientet, como a necessidade frequente de urinar em intervalos curtos e, no estágio mais avançado da doença, diminuindo a libido e o desempenho sexual”, explica.
O urologista do Hospital Santa Lúcia, Frederico Messias, explica que o novo equipamento traz mais segurança e melhores resultados aos pacientes. “As vantagens são diversas, menor sangramento com mínima chance de transfusão sanguínea, menor risco de intoxicação hídrica, menor tempo de sondagem vesical no pós-operatório, recuperação mais rápida do paciente e menos chances de estenose de uretra”, destaca o especialista lembrando ainda que o aparelho permite uma coagulação mais eficiente, pois usa luz pulsátil para cauterizar a ruptura dos vasos, diminuindo o sangramento.
Com o método tradicional ? ressecção transuretral ? Frederico ressalta que o procedimento causava maior sangramento, além de maiores chances de intoxicação hídrica e insuficiência renal aguda, fora outras complicações. Para pacientes cardíacos, por exemplo, o tratamento com o laser é considerado um avanço, pois com o método tradicional, os pacientes precisavam utilizar drogas anticoagulantes e não tinham alternativas de cirurgia para a HPB.
Segundo o americano, Gregg Eure, em outros países, a cirurgia a laser é o principal tratamento aplicado para casos de HPB. “Ao analisarmos dados mundiais de tratamento para hiperplasia, são realizadas mais cirurgias a laser do que pelo método tradicional, portanto, o Brasil deve seguir essa tendência ampliando suas possibilidades de tratamento”, pondera o médico.
Para o diretor técnico do Hospital Santa Lúcia, Raul Sturari, a novidade, que agora chega em Brasília, irá agregar e muito no tratamento e cura dos pacientes que sofrem com a doença. “O Hospital Santa Lúcia sempre esteve na vanguarda dos tratamentos médicos no país, e nossos pacientes terão à disposição um equipamento de altíssima tecnologia para a realização de cirurgias de próstata com muito mais rapidez, segurança e conforto”, ressalta.
A apresentação do urologista americano aos profissionais médicos do Hospital Santa Lúcia foi organizada pela American Medical Systems (AMS), na manhã da última sexta-feira (24). Durante o evento, foi apresentado um simulador de cirurgia para o treinamento dos profissionais e a realização experimental de cirurgias com o novo equipamento, que agora estará disponível na unidade médica de Brasília.
Hospital Santa Lúcia: Fundado em 1963, o Hospital Santa Lúcia possui 257 leitos, com expectativa de aumentar para 396, em mais 17,5 m² de área projetada para 2015, com a construção de mais uma nova torre. São 1,5 mil colaboradores, 16 mil atendimentos/mês na Emergência, 1,3 mil internações/mês, 800 cirurgias/mês, corpo clínico especializado com 1,2 mil médicos, investimentos pesados em tecnologia com destaque para a medicina diagnóstica e UTI referência com 85 leitos. Seus diferenciais são: alta complexidade e oncologia completa e integrada. A Unidade Materno Infantil dispõe de maternidade, centro obstétrico e UTI neonatal com foco para gestação de alta complexidade.


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