24 agosto, 2015

Policlínica de Barbalha encerra atendimento á população e a divida é milionária e pode inviabilizar funcionamento

Com uma dívida que deve ultrapassar o valor de R$ 1 milhão, o município de Juazeiro do Norte tem travado a ampliação dos serviços da Policlínica João Pereira dos Santos e está a ponto de comprometer a continuação dos serviços prestados a população. Isso é o que garantem diretores e funcionários do equipamento que preferem não se identificar.

A Policlínica é um equipamento público, viabilizado pelo Governo do Estado, pertencente a 20ª região de saúde e que atende a consultas e exames em 13 especialidades. Hoje, a administração do equipamento é feito por um consórcio público entre os municípios de Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Jardim, Granjeiro e Caririaçu. O prefeito de Barbalha, José Leite Gonçalves Cruz, o Zé Leite (PT), preside o consórcio.

O valor de custeio é dividido entre os municípios (50%) e o Governo do Estado (50%). Os municípios repassam de acordo com seu contingente populacional. O valor é retido do ICMS dos municípios, mas precisa de autorização prévia dos gestores municipais. Em seis meses dentro do consórcio, o município de Juazeiro do Norte não repassou nenhuma parcela.

Prefeitos e secretários de Saúde dos municípios, não quiseram gravar entrevistas, mas admitem que a situação é crítica e exige uma medida urgente. Juazeiro é o maior município e, consequentemente, tem a maior responsabilidade financeira. Desde o início do funcionamento, em janeiro deste ano, a Policlínica já atendeu 15 mil pacientes, dos quais, cerca de 50% foram de Juazeiro do Norte. Só nos meses de agosto e setembro foram atendidos 2.441 pacientes do município inadimplente.

Histórico da crise

A Policlínica foi inaugurada em 17 de dezembro de 2013 e iniciou as atividades em 20 de janeiro desde ano. Ainda, quando da inauguração, o prefeito de Juazeiro, Raimundo Macedo (PMDB), disse que não tinha interesse de fazer parte do consórcio, pois segundo ele, o município já dispunha dos serviços no município.

O prefeito acabou sendo chamado para uma conversa com o Secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes, e então a partir do mês de maio começou utilizar os serviços como teste. O problema é que o teste deveria durar apenas um mês. Já decorreram seis meses e o município de Juazeiro continua sem pagar sua parte no custeio.



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