13 novembro, 2017

Chefe de Gabinete de Abaiara denuncia dívida de quase R$ 7 milhões, herdada da antiga gestão

O Chefe de Gabinete da atual administração da prefeitura de Abaiara-CE, Alexandre Assunção, fez uso da tribuna da Câmara de Vereadores do município durante sessão acontecida na quarta-feira (08/nov). O funcionário público esteve respondendo a acusações acometidas no dia 1º de novembro durante sessão na Câmara, feitas pelo vereador Regilânio Tavares Martins, quem também é ex-secretário de finanças do município durante a administração do ex-prefeito Chico Sampaio.

Segundo Alexandre, o ex-secretário teria dito durante o seu discurso, que a gestão anterior não “tinha deixado nenhum débito” e, com intuito de esclarecer o assunto, o mesmo fez questão de fazer uso da palavra. Durante a sua fala, o atual Chefe de Gabinete na então administração de Afonso Tavares, além de apresentar e falar de dívidas que seriam herdadas da antiga administração, mencionou feitos realizados durante o ano de 2018 e cobrou que “quando houvesse denúncia que fossem feitas com provas e responsabilidade”.

Quase 7 milhões

Em sua fala, entre vários assuntos, Alexandre mencionou que a atual gestão herdou dívidas na ordem de 5.707.802,52 (cinco milhões, setecentos e sete mil, oitocentos e dois reais e oitenta dois centavos) da administração passada, sendo que 2.662.330,75 (dois milhões, seiscentos e sessenta e dois mil, trezentos e trinta reais e setenta e cinco centavos) são de dívidas com a Receita Federal, 2.701.103,26 (dois milhões setecentos e onze mil cento e treze ter reais e vinte e seis centavos) são de débitos com a Caixa Econômica e 334. 368,51 (trezentos e sessenta e oito mil e cinquenta e um centavos) são referentes a débitos com a ENEL (antiga Coelce).

Origem das dívidas

Segundo Alexandre, os débitos junto a Receita Federal são relacionados ao não pagamento de obrigações como PASEP, DCTF, INSS e, supostamente, ao não recolhimento de impostos de empresa (as) prestadora (as) de serviços e não repassadas para os órgãos de direto. Já os débitos com a Caixa Econômica, seriam relativos a inadimplência ao Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço – FGTS, entre o período de 2006 a 2014, sendo que essas dívidas poderão ser maiores, haja visto que ainda teria os valores referentes aos anos de 2015 e 2016 que, quando somados a este valor, poderá chegar a mais de 3.200.000,00 (três milhões e duzentos mil reais). Já com a ENEL, os débitos são referentes à acúmulos nas contas de energia do município deixados entre os 2015 a 2016.

Com base em todos números sitados por Alexandre, somados à valores que ele preferiu não mencionar, acredita-se que a dívida pode chegar a, em média, R$ 7 milhões (sete milhões de reais).

Boa parte das dívidas mencionadas foram parceladas e, dessa forma, a gestão de Afonso Tavares estaria pagando dívidas deixadas pela administração do ex-prefeito Chico Sampaio. Na opinião de Alexandre, esses fatos impedem que o atual governo melhore cada vez mais seu desempenho, pois além de pagar dívidas, ainda teve os recursos reduzidos devido à crise a as inadimplências herdadas.

Ainda segundo ele, existem outras dívidas que não foram mencionadas.

É fácil falar

Alexandre, durante seu discurso, fez o seguinte desabafo: “É fácil falar que o município recebeu R$ 17 milhões. Recebeu sim, mas, diferentemente da gestão passada, que recebeu 26 milhões no ano de 2016, hoje temos um funcionalismo que está recebendo salário mínimo. E não é um salário dividido para quatro pessoas, como acontecia não (na gestão anterior), é um salário individual para cada servidor” – Disse Alexandre

“É só nos procurar”

Além de mencionar o funcionamento do hospital, de verbas destinadas pelo Deputado Federal Guimarães e de outras várias conquistas, Alexandre disse que se coloca a disposição para dar transparência dos números e fatos que ela apresentou. “É só nos procurar” – Disse ele, que ainda mencionou que a atual administração estará prestando contas das ações realizadas até o final do corrente ano. Ele ainda disse que para falar é preciso apresentar provas do que é mencionado “Só peço quando for falar traga as provas”.

Não é momento para disputa

Ao término do seu discurso, o secretário conclamou a todos para trabalharem  pelo município, independente de ideologia partidária. Em sua opinião, ainda não é momento de disputa política, o “momento é de unir forças”, concluiu Alexandre.



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