27 março, 2012

Entidades do CE pedem secretaria para drogas

O uso indevido de drogas é um problema gravíssimo na sociedade

O projeto tem o objetivo de, por meio do empresariado, levar a prevenção aos funcionários, colaboradores e familiares. Para o coordenador geral da AJE, a economia não se desenvolve diante do problema das drogas - FOTO: THIAGO GASPAR (17/01/2008)

Uso indevido de drogas é grave problema que atinge não apenas as famílias, mas também ambientes empresariais
 
A Associação de Jovens Empresários (AJE) de Fortaleza, representantes de órgãos públicos, entidades de classe e Organizações Não-Governamentais (ONGs) elaboraram, ontem, uma carta ao governador do Ceará, Cid Gomes, propondo a criação de uma Secretaria, no âmbito da administração pública do Estado, para trabalhar, especificamente, com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social e econômica de usuários e dependentes de drogas. 
 
O documento foi preparado durante reunião das entidades, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), para debater o combate às drogas dentro das empresas. "Seria como uma central articuladora, adotando providencias concretas a partir de um trabalho integrado com outros órgãos e entidades que desenvolvam atividades relacionadas ao combate das drogas", defende a procuradora-geral de Justiça, Socorro França, após explicar que, no Ceará, não se sabe qual o órgão responsável pela realização de ações de combate.
 
De acordo com ela, muito se ouve falar de iniciativas voltadas para o tema, mas nada foi executado. "Temos municípios que ganharam secretarias de combate às drogas lícitas e ilícitas, além de leis estaduais e até uma Semana das Drogas. É possível acabar com o problema em uma semana?", questiona.
 
Segundo a procuradora, em 2011, dos R$ 500 milhões liberados para investir nacionalmente na prevenção das drogas, R$ 40 milhões foram devolvidos ao Governo Federal por falta de projetos voltados ao combate desta epidemia.

 
Problema social
O uso indevido de drogas é um grave problema social, econômico e de saúde pública que atingiu não apenas as famílias, mas também os ambientes empresariais. Assim explica o coordenador geral da AJE Fortaleza, Tiago Diógenes. "É impossível que a economia se desenvolva quando temos uma epidemia como essa.
 
O projeto busca atingir o empresariado para chegar aos seus funcionários, colaboradores e famílias. Levando a prevenção para dentro das empresas, vamos ter um trabalhador mais dedicado e um menor número de acidentes". A próxima ação da AJE será a realização de um evento para os empresários. "Queremos sensibilizá-los para que abram as portas das suas empresas e a gente consiga entrar com agentes multiplicadores. Quando fazemos isso, capacitamos um núcleo dentro da empresa para que ela consiga trabalhar o tratamento, prevenção e melhor absorção de mão de obra", destaca Tiago Diógenes.
 
Segundo o major da PM, Plauto Roberto, o objetivo é desenvolver um plano para o envolvimento do empresariado nas ações contra drogas. "Além da reinserção daqueles que vem dos centros de recuperação de dependentes químicos", conclui o Plauto Roberto.
 
ADRIANA RODRIGUES
ESPECIAL PARA CIDADE  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Reinauguração do C.E.I Monsenhor Murilo de Sá Barreto em Barbalha

A cidade de Barbalha, conhecida por sua rica cultura e tradições, está prestes a celebrar um momento significativo na área da educação. O se...