16 junho, 2012

Deputados contestam afirmações da prefeita

Petista reclama cautela para que possa haver aliança no segundo turno das eleições municipais em Fortaleza
O deputado petista Camilo Santana considera um "equívoco" a crítica da prefeita Luizianne Lins (PT) ao desempenho do Estado na segurança pública e acredita que com isso ela pode estar "fechando portas" para uma aliança com o partido do governador Cid Gomes (PSB) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de Fortaleza. Outros deputados petistas evitaram comentar a fala da correligionária, presidente estadual do partido.



Camilo Santana disse considerar um equívoco a crítica da prefeita Luizianne Lins (PT) ao desempenho do Estado na segurança pública FOTO: VIVIANE PINHEIRO

O deputado Ely Aguiar (PSDC) que, por diversas vezes censurou a política de segurança pública da atual administração, foi à tribuna para defender o Governo. Para Ely, isso não é verdade (a crítica de Luizianne). O parlamentar argumenta que o Ronda do Quarteirão não foi concebido para atuar como uma Polícia investigativa ou mesmo para combater o crime organizado, mas sim para ser uma Polícia "comunitária colocada no meio da rua para atender às necessidades mais urgentes das vítimas dos facínoras".

Luizianne foi questionada por jornalistas, na quarta-feira à noite, sobre a decisão do PSB de rejeitar apoio ao pré-candidato petista à sucessão, Elmano de Freitas, indicado pela prefeita. Ela condenou o Governo na área da segurança pública, afirmando que o programa Ronda do Quarteirão, bandeira de campanha de Cid, "não deu certo da forma como se tinha pensado", e chamando de "desastrosa" a segurança na Capital.

Controle emocional

Segundo o deputado petista Camilo Santana, é preciso haver controle emocional para assegurar a aliança com o PSB num segundo turno e evitar uma vitória do PSDB, que deverá lançar como candidato o ex-deputado Marcos Cals. "Possivelmente na eleição em Fortaleza, caso não haja aliança, haverá dois turnos. Então você vai fechar as portas? Se o PT for contra o PSDB no segundo turno, não vamos querer o (apoio do) PSB?", disse o ex-secretário estadual das Cidades, acrescentando: "A emoção não pode permitir que essas declarações (as de Luizianne Lins) aconteçam".

Pelo lado do PSB, o deputado Welington Landim acusou Luizianne de ingratidão com o governador e recomendou "chá de erva cidreira" à prefeita. "É muito ruim cuspir no prato que comeu. É uma demonstração de falta de sabedoria, de falta de gratidão. O governador tem sido um grande parceiro para Fortaleza", disse Landim, líder do bloco PSB-PT na Assembleia. "Campanha política não é momento para ataques pessoais, é momento para propostas".

Alegação

No evento de quarta, Luizianne voltou a dizer que o PSB parece ter decidido pela candidatura própria para atender a vontade do irmão do governador, o ex-deputado Ciro Gomes, já que Cid, presidente estadual do partido, defendia a aliança com os petistas. Landim qualifica de "ridícula" essa alegação.

O deputado José Albuquerque, secretário-geral do PSB cearense, salienta que a candidatura própria foi defendida por todos os presentes à recente reunião do PSB que tratou do assunto. "A reunião aconteceu com 41 pessoas. Não teve um voto contra a candidatura própria. Duas pessoas pediram para dar mais um tempo, e foi só. O Ciro era apenas uma das pessoas que estavam lá", observou. Ele não quis comentar a declaração de Luizianne. "O PSB teve duas candidaturas ao governo e nunca baixamos o nível da campanha. Por que vamos baixar agora?".

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