02 setembro, 2013

Jovem pede ajuda para cirurgia de reconstrução após graves sequelas de estupro:


Uma adolescente possui há quatro anos sequelas de um estupro sofrido em Abadiânia, cidade de Goiás. A garota, hoje com 14 anos, precisa fazer uma cirurgia de reconstrução vaginal e ainda não conseguiu tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Ela usa uma bolsa de colostomia para desvio das fezes, desde dezembro de 2009, e só voltará a ter uma vida normal após a operação.
 
A mãe da vítima, que preferiu não se identificar, conversou e disse que toda a família foi afetada após o estupro. Ela culpa a prefeitura por não ter prestado o suporte necessário e que teve que se dedicar ao longo desses anos para cuidar da saúde da filha. O suspeito do crime, que era um conhecido da família, foi preso e responde pelo delito.
 
— Ele levou minha filha para um matagal, estuprou, espancou e depois tentou matá-la enforcada. Foi horrível, mas ainda assim damos graças a Deus que ela está viva. A prefeitura devia nos ajudar porque fomos vítimas de uma violência e não temos condições de oferecer o que a menina precisa.
 
O médico que atendeu a garota, Olegário Vital, ajuda a família desde a data do crime. Ele explicou que a cirurgia que a adolescente precisa passar é delicada e deve ser feita por um profissional especializado. O intestino e os órgãos íntimos foram machucados com o estupro. A menor era uma criança pequena e teve a pele rompida do ânus a vagina, o que gerou infecções e a necessidade da bolsa de colostomia.
 
— Até aqui eu ajudei como pude. Comprei remédios com o meu dinheiro e presto todo o atendimento que estava ao meu alcance. Agora é com a prefeitura ou algum médico da área que queria fazer esse trabalho voluntário.
 
A adolescente recebe tratamento psicológico. A mãe relatou que ela não tem vontade de frequentar a escola porque é alvo de chacotas por parte dos colegas.
 
— Ela é motivo de piada na escola e nunca mais terá uma vida normal. Esperamos todos os dias alguma solução para esse problema que parece ser sem fim.
 
A secretária de Saúde de Abadiânia, Renata Pereira Freitas, disse que assumiu o cargo em janeiro deste ano e tomou conhecimento que a garota abandonou o tratamento na cidade porque procurou ajuda em um hospital de Brasília. Ela afirmou que está em contato com a prefeitura do município para que as providências sejam tomadas para a realização da cirurgia.

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