O embaixador do Senegal no Brasil, Hadji Abdoul Aziz Ndiaye, explicou que o governo do País elaborou um estudo de mercado que trata das oportunidades comerciais das empresas brasileiras. Ele disse que um dos grandes entraves para que o comércio se estabeleça são os problemas logísticos, como a ausência de rotas comerciais marítimas e aéreas. Hadji é um dos participantes do Fórum Brasil África, realizado na Capital até hoje.
Segundo o embaixador, quatro categorias de produtos constituem mais de 50% das importações do país cujo valor monetário ultrapassa US$ 1 bilhão: frutas e legumes, leite, creme de leite e derivados, óleos e gorduras vegetais e/ou animais e os cereais.
Além disso, o país importa açúcares, doces, bebidas, frutas e outros produtos elaborados, além de aparatos tecnológicos. Os produtos, hoje comprados da Europa, da América do Norte e de China e Índia, poderiam ser fornecidos pelo Brasil com maior qualidade e custos menores pela proximidade, segundo ele.
Abdoul Aziz destacou que é necessário que as empresas brasileiras enxerguem o potencial que o país possui. São 14 milhões de pessoas em uma das principais rotas comerciais para a África ocidental.
Para este fórum Brasil África o senhor trouxe uma lista de produtos que interessam a seu país importar do Brasil. O que contempla?
Elaboramos esse estudo. É o que o Brasil pode vender para o Senegal, um portfólio. O Senegal importa frutas, legumes, leite, biscoitos e outros produtos.Qual a base da economia de Senegal? Tem o fosfato; são duas grandes minas para a agricultura. Na colonização, os franceses utilizaram cada país segundo as suas necessidades e para nós coube o amendoim. O arroz tem uma possibilidade de se desenvolver porque temos como fazer uma grande irrigação por causa do rio que temos lá. Poderíamos ser autossuficientes em tudo o que comemos. Estamos perto de chegar a essa autossuficiência.
A vinda do Brasil reduziria o custo logístico?
Seguramente. Mas tem que ter cuidado porque os chineses são upercompetitivos. Por exemplo, nas máquinas agrícolas, porque já compramos máquinas agrícolas na Índia e na China e as máquinas depois de dois anos se acabaram e não tem peça nem manutenção. No Brasil, a vantagem é que o acordo prevê a assistência técnica.
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