20 agosto, 2015

Divisões e baixa adesão marcam manifestações em favor de Dilma

O governo e o PT ficaram decepcionados com a baixa adesão às manifestações ocorridas nesta quinta-feira, 20, em favor do governo Dilma. Diferentemente do domingo passado quando mais de 1 milhão de pessoas foram as ruas nos 26 estados e o distrito federal pedir o impeachment da presidente, o movimento de hoje convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversos sindicatos e movimentos sociais foi marcado por baixa adesão e divisão interna.

Em Fortaleza os manifestantes se reuniram na Praça do Ferreira no Centro da cidade. Muitos vestiram camisas vermelhas e exibiram bandeiras do Brasil, do PT e da CUT, além de cartazes com mensagens como “tô com Dilma”, “fora PSDB”, ”fora Cunha’ e “o petróleo é nosso”. Segundo a CUT, 20 mil pessoas participaram, mas a Polícia Militar estimou 2.500 participantes. O líder do governo na Câmara Federal, deputado José Guimarães (PT), participou do ato e discursou do alto de um caminhão, ao lado de representantes da CUT.

Em Salvador, os manifestantes saíram em passeata carregando cartazes de apoio ao governo e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB. Eram cerca de 300 pessoas, segundo os organizadores. Duzentas pessoas, segundo a PM. Debaixo de chuva, cerca de 1,2 mil pessoas participam da mobilização organizada pela CUT em Maceió. Para a PM, foram 500 pessoas.

Em Belém, movimentos sociais, de luta pelos direitos das mulheres e da moraria, centrais sindicais, sindicatos locais participam de um ato em defesa da democracia. De acordo com a organização, duas mil pessoas participam do protesto. Segundo a Polícia Militar, 200 pessoas estavam na passeata. Os manifestantes estavam com faixas de apoio ao PT e à Dilma. Protestaram contra a lei da terceirização e pediam melhorias na rede de saúde de Belém.

No Maranhão, cerca de 300 manifestantes se reúnem na Praça João Lisboa no Centro da cidade. Participam do ato o deputado estadual Zé Inácio e o vereador Honorato Fernandes, ambos do PT. Militantes do PCdoB e membros da CUT, UNE e Sindicatos locais também gritam palavras de ordem contra um eventual impeachment da presidente Dilma.

Em Campinas, o Psol, a Central Intersindical e o Sindicato dos Químicos romperam com a organização dos protestos de hoje à tarde. De acordo com o presidente do partido, Arlei Medeiros, a organização do ato tem cunho governista e defenderá a presidente Dilma (PT), o que vai contra as propostas do partido.

Os filiados ao Psol e demais associações vão para São Paulo participar do ato no Largo da Batata. “Os convocantes do ato em Campinas usam o nome do Psol, da Inter e do Sindicato dos Químicos (na convocação para os protestos) indevidamente”, disse Medeiros.

O presidente informou que o rompimento aconteceu em uma reunião com os organizadores da manifestação no dia 11 de agosto. A assessoria de imprensa do Psol enviou hoje nota oficial em que informa que a organização do ato, em Campinas, foi “oportunista em divulgar nota com falso apoio do Psol Campinas, Central Intersindical e Sindicato dos Químicos Unificados”. O coordenador adjunto da CUT, Carlos Fábio, e um dos organizadores do ato na cidade, disse ontem que o Psol estaria presente em Campinas. No entanto, Fábio confirmou hoje o rompimento. Ele disse ainda que o protesto não é governista e que a decisão do Psol foi política.


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